Saúde Combinado

Morte de secretário por infarto durante jogo: Veja causas e cuidados para evitar ataque cardíaco durante esforço físico

Nesse fim de semana, secretário de Esportes de Combinado morreu durante partida de futebol. Conversamos com um cardiologista para entender o que pode ter acontecido.

Por GG Noticias

19/04/2022 às 08:00:00 - Atualizado há

No último fim de semana, o secretário municipal de esportes de Combinado, Lindon Johson Miguel da Silva, de 49 anos, morreu durante uma partida de futebol no sudeste do Tocantins. Ele sofreu um infarto 10 minutos após entrar em campo, foi socorrido, mas não resistiu.

Conversamos com o cardiologista Daniel Janczuk para entender o que pode ter acontecido. Abaixo você também confere orientações para evitar o infarto, uma das maiores causas de morte no país.

O especialista explicou que o esforço excessivo pode contribuir para o infarto, caso a pessoa já tenha uma doença coronariana.


"Se o paciente já tem uma doença coronariana estabelecida, fizer esforço e continuar nesse esforço, mesmo tendo a manifestação de dor ou falta de ar, e já tiver entupimento das artérias, lógico que pode propiciar uma lesão mais grave no coração, o infarto, por exemplo. Às vezes, por desidratação ou por estresse, você também pode agudizar a doença", explicou.

Veja cuidados para se evitar o infarto — Foto: Getty Images via BBC

Veja cuidados para se evitar o infarto — Foto: Getty Images via BBC

Quando procurar o médico?

O cardiologista recomenda que as pessoas procurem um especialista depois dos 40 anos, mesmo que não tenha histórico de doenças coronarianas na família.

"A gente avalia o paciente e vê se ele tem condições de fazer exercícios físicos, se há algum perigo, se há alguma história na família, se há alguma manifestação. Geralmente, aos 35 anos, em homens, a gente já começa a pensar em doença coronariana. O teste ergométrico, em geral, é o exame mais fácil de fazer para tentar avaliar como vai ser o comportamento do paciente frente aos exercícios físicos".

Daniel explicou que exercícios físicos são recomendados, no entanto, é preciso analisar caso a caso e, se for necessário, ajustar a intensidade e o tipo de atividade para cada paciente.

"Outra coisa que pode acontecer é você ter que ajustar para o doente o grau desse esforço. Às vezes o paciente já tem uma doença cardiológica, um entupimento das artérias, que motiva a gente a liberar o exercício até um certo nível, pode ser atividades mais leves, uma caminhada. Mas não dá para ele fazer uma maratona".

Exercícios reduzem risco de infarto?

"Na população em geral, exercícios melhoram, diminuem a chance de você ter infarto, diminuem pressão alta, peso, diabetes. Mas precisamos fazer o diagnóstico para ver como o paciente está antes de começar", pontuou.

O médico recomendou ainda que hábitos saudáveis reduzem o risco de infarto, como por exemplo, uma dieta adequada.

"Comer mais frutas, verduras, legumes, carne branca, gralhados, evitar industrializados, muito sal, evitar os maus hábitos, que é o sedentarismo, controlar peso, controlar a glicemia e o colesterol. O exercício, se você não tiver contraindicação, sempre é muito bom, evitar o estrese. Beber pouco e não usar drogas", concluiu.

  • Dor no peito — uma sensação de pressão, peso, aperto ou compressão no peito;
  • Dor em outras partes do corpo — pode parecer que a dor está se espalhando do peito para os braços (geralmente o braço esquerdo é afetado, mas pode afetar ambos os braços), mandíbula, pescoço, costas e abdômen;
  • Sensação de tontura ou atordoamento;
  • Sudorese;
  • Falta de ar;
  • Sentir-se enjoado ou vomitar;
  • Uma sensação forte de ansiedade (semelhante a ter um ataque de pânico);
  • Tosse ou chiado.

Fonte: G1 TO
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