Brasil

Marco histórico: Mais da metade da população brasileira atinge nível de ensino médio, revela pesquisa do IBGE

Estudo mostra avanço significativo na educação do país, com destaque para o aumento de pessoas com ensino médio e superior completo

Por Redação

07/06/2023 às 16:00:00 - Atualizado há
Reprodução

Pela primeira vez na história, um novo marco é atingido na educação do Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade da população brasileira já cursou pelo menos o ensino básico obrigatório, que engloba os ensinos fundamental e médio. Esse resultado é uma notícia positiva para o país, sinalizando um avanço significativo na área educacional.

A pesquisa revelou que a parcela da população de 25 anos ou mais com pelo menos o ensino médio aumentou de 50% em 2019 para 53,2% em 2022. Essa faixa etária foi escolhida porque, nessa altura, as pessoas já teriam a possibilidade de concluir o ensino superior. Dentro desse grupo, é notável o aumento daqueles com ensino médio completo, que passou de 28,3% em 2019 para 29,9% em 2022, e dos que possuem ensino superior completo, que subiu de 17,5% em 2019 para 19,2% em 2022. Comparado ao primeiro ano da série histórica da pesquisa em 2016, quando apenas 46,2% do grupo possuía pelo menos o ensino médio completo, o avanço é expressivo.

A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que os indicadores apontam para uma tendência de redução da participação das pessoas nos níveis mais elementares de instrução, como o ensino fundamental completo, ao mesmo tempo em que ocorre um aumento na participação dos grupos com maior nível de instrução, especialmente aqueles com ensino médio completo.

É importante ressaltar que a pesquisa não apresenta dados para os anos de 2020 e 2021, devido à mudança no formato de coleta presencial para telefone realizada pelo IBGE nesse período. O foco da coleta da Pnad foi nos dados básicos de educação.

No entanto, a análise por raça revela uma realidade diferente. Enquanto a parcela da população branca com pelo menos o ensino médio completo era de 60,7% em 2022, entre as pessoas pretas ou pardas, esse percentual foi de 47%. Essa discrepância evidencia a necessidade de promover maior igualdade de acesso à educação em todas as raças.

Outro ponto relevante trazido pela pesquisa é o impacto do aumento da parcela da população mais instruída no avanço da média de anos de estudo. Para a faixa das pessoas de 25 anos ou mais, essa média foi de 9,9 anos em 2022, registrando um crescimento de 0,3 ano desde 2019. Vale destacar que, para completar o ensino básico obrigatório, que vai desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, são necessários pelo menos 12 anos de estudo. A média atual abaixo dos dez anos indica que uma parcela considerável da população ainda possui baixa instrução, com 28% não tendo concluído o ensino fundamental e 7,8% possuindo apenas o fundamental completo, conforme ressalta Adriana Beringuy.

Além disso, a pesquisa revela diferenças conhecidas no cenário educacional do país. Na análise por raça, em 2022, as pessoas de cor branca apresentaram uma média de 10,8 anos de estudo, enquanto as de cor preta ou parda possuíam em média 9,1 anos. Embora a diferença de 1,7 ano tenha diminuído desde 2016, quando era de 2 anos, ainda é necessário um esforço para garantir a igualdade de oportunidades educacionais para todas as raças.

Quando analisamos a média de anos de estudo por região, observamos que o Sudeste, Sul e Centro-Oeste permanecem com uma média acima da nacional, com 10,6, 10,1 e 10,2 anos, respectivamente. Por outro lado, as regiões Nordeste e Norte estão abaixo da média do país, com 8,6 e 9,4 anos de estudo, respectivamente. Ao longo dos anos de 2019 a 2022, todas as regiões apresentaram um aumento na média de anos de estudo, variando entre 0,2 e 0,4 ano.

Esses resultados mostram um progresso significativo na educação brasileira, porém, ainda há desafios a serem superados para garantir que toda a população tenha acesso a uma educação de qualidade e igualdade de oportunidades. O investimento contínuo em políticas educacionais e o fortalecimento do acesso à educação básica e superior são fundamentais para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do país.

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