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Felipe Melo do Fluminense é advertido após provocação ao River Plate; Racismo antes da partida não é tratado pela polícia

Zagueiro tricolor é repreendido pelas autoridades argentinas por gestos provocativos, enquanto atos racistas contra torcedores do Fluminense são ignorados

Por Redação

08/06/2023 às 15:30:00 - Atualizado há
Fluminense FC

O futebol é um esporte que desperta paixões e rivalidades intensas, capazes de inflamar os ânimos dentro e fora de campo. Na partida entre Fluminense e River Plate, pela Libertadores, a rivalidade atingiu seu ápice, resultando em uma advertência da polícia argentina ao zagueiro Felipe Melo, do Fluminense. Mas, enquanto as autoridades focavam na provocação do jogador tricolor, atos de racismo contra torcedores do Fluminense passaram despercebidos.

Felipe Melo, conhecido por sua personalidade incisiva em campo, mostrou-se ainda mais exaltado durante o jogo contra o River Plate, no Monumental de Núñez. O experiente defensor tricolor foi repreendido pela polícia no vestiário após a partida por ter realizado gestos de "galinha", provocando a torcida argentina. Segundo o jornal argentino Tyc Sports, as autoridades classificaram a ação do jogador como incitação à violência, registrando um auto de infração contra ele.

É importante contextualizar que o River Plate é pejorativamente apelidado de "galinha" pelos torcedores do Boca Juniors desde a década de 60, como forma de provocação entre rivais. Esse fato explica o gesto feito por Felipe Melo, que mesmo após o término da partida, não cessou com suas provocações. Durante a coletiva de imprensa pós-jogo, o zagueiro, assumidamente fã do Boca Juniors, afirmou que enfrentar o River Plate era uma partida normal para ele, enquanto jogar contra o Boca era algo especial.

No entanto, enquanto a polícia argentina se preocupava com gestos provocativos de um jogador, ela deixou de tratar um caso sério de racismo que ocorreu antes da partida. Um grupo de torcedores do River Plate foi flagrado imitando macacos na chegada dos ônibus que levavam os torcedores do Fluminense ao Monumental de Núñez. Vídeos divulgados nas redes sociais evidenciaram atos racistas e outras ofensas direcionadas aos torcedores tricolores. Surpreendentemente, até o momento, as autoridades argentinas não se pronunciaram sobre esse lamentável episódio de discriminação racial.

A dualidade de tratamento nessas situações chama atenção. Enquanto a provocação de um jogador é rapidamente punida, atos de racismo passam despercebidos e sem consequências. O racismo no futebol é um problema sério que precisa ser enfrentado de forma enérgica e efetiva. É inaceitável que atos discriminatórios sejam ignorados, minando os princípios de igualdade e respeito que devem prevalecer dentro e fora dos estádios.

Espera-se que as autoridades argentinas revejam suas prioridades e tratem todos os incidentes de forma justa e adequada. O combate ao racismo no futebol deve ser uma causa comum, unindo clubes, jogadores, torcedores e autoridades em prol de um esporte mais inclusivo e livre de discriminação.

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