Tocantins

Fósseis de mais de 250 milhões de anos retornam ao Tocantins: Um tesouro científico recuperado

Cerca de 50 toneladas de fósseis vegetais ilegalmente retirados são devolvidas ao Monumento Natural de Árvores Fossilizadas

Por Redação

09/06/2023 às 13:00:00 - Atualizado há
Governo do Tocantins

Um incrível tesouro científico está de volta ao Tocantins. Cerca de 50 toneladas de fósseis vegetais, retirados ilegalmente na década de 1990 do Monumento Natural de Árvores Fossilizadas (Monaf), foram devolvidos ao seu local de origem. O Monaf, localizado em Bielândia, distrito de Filadélfia, no norte do Tocantins, recebe agora esse valioso acervo que possui aproximadamente 250 milhões de anos. O material estava armazenado no pátio da Associação Brasileira de Inteligência (ABIN) em Brasília.

Esses fósseis representam plantas fossilizadas do período Permiano, remontando a cerca de 290 milhões de anos atrás. Sua relevância cultural e científica é inquestionável, tanto que a Constituição Federal proíbe sua comercialização. O Monaf suspeita que essas peças seriam contrabandeadas, o que ressalta ainda mais a importância da sua recuperação.

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), responsável pela administração do Monaf, anunciou que todo o material será cuidadosamente alocado na sede do monumento ao longo deste mês. O objetivo é criar um museu de história natural que possibilitará a apreciação e o estudo desses fósseis pelos pesquisadores e visitantes.

Rodrigo Sávio, gerente das Unidades de Conservação do Naturatins, destaca a importância desse retorno para as instituições de pesquisa do estado. A Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), por exemplo, receberá as doações e terá a oportunidade de ampliar seus estudos sobre a evolução da região.

"Instituições de ensino e pesquisa agora têm a possibilidade de expandir suas pesquisas, trazendo descobertas fundamentais para compreendermos os aspectos evolutivos e temporais de nossa região", enfatiza Sávio.

Hermísio Aires, supervisor do Monaf, compartilha a alegria de ter esse material de grande valor científico de volta à Unidade de Conservação. Ele ressalta que não apenas a comunidade científica se beneficiará, mas também todos os visitantes que terão a oportunidade de observar essas preciosidades na sede do Monaf.

Essa devolução representa um importante passo na preservação e valorização do patrimônio natural e científico do Tocantins. Os fósseis retornam ao seu lugar de origem, enriquecendo a compreensão da história da região e impulsionando novas descobertas. É um marco para a comunidade científica e um legado para as futuras gerações que poderão apreciar e aprender com esse tesouro fossilizado.

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