Brasil

Quatro estados brasileiros apresentam baixa taxa de conexão à rede de esgoto em 2022, revela IBGE

Amapá, Piauí, Rondônia e Pará são os estados com menor desempenho no saneamento básico, enquanto São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o ranking

Por Redação

16/06/2023 às 13:30:00 - Atualizado há
ETE Manguinhos

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quatro estados brasileiros apresentaram uma taxa alarmante de conexão à rede de esgoto em 2022. Amapá, Piauí, Rondônia e Pará registraram menos de 30% dos seus domicílios urbanos ligados à rede de esgotamento sanitário.

Em contrapartida, os estados com melhor desempenho no saneamento básico foram São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que apresentaram, respectivamente, taxas de 96,4%, 94,1%, 92,3% e 90,6% de conexão à rede de esgoto.

De acordo com o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o percentual médio de domicílios ligados à rede de esgotamento sanitário aumentou de 68,2% para 69,5% entre 2019 e 2022.

No entanto, os quatro estados com os piores resultados estão muito abaixo dessa média. O Amapá registrou apenas 23,1% de seus domicílios urbanos conectados à rede de esgoto, seguido pelo Piauí com 23,3%, Rondônia com 27,3% e o Pará com 28%.

A pesquisa também revelou que o Brasil possui 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes, sendo 85% de casas e 14,9% de apartamentos. Dos 64,8 milhões de domicílios urbanos, 78% possuem esgotamento sanitário por meio de rede geral coletora. Além disso, 99,5% têm água canalizada e 95,1% têm acesso à rede geral de abastecimento de água.

Já nos domicílios rurais, que totalizaram 9,4 milhões em todo o país, 40,2% contam com fossa séptica não ligada à rede de esgoto, enquanto 50,5% possuem outro tipo de esgotamento em 2022. Os percentuais de água canalizada e acesso à rede de abastecimento foram de 88,2% e 38,9%, respectivamente.

A pesquisa do IBGE mostrou que a proporção de domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora alcançou 69,5% em 2022, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação à pesquisa realizada três anos antes. As regiões Norte (31,1%) e Nordeste (50,1%) são as áreas do país com menor acesso, porém o IBGE destacou que, pela primeira vez, o Nordeste atingiu a marca de ter metade de seus domicílios ligados à rede geral de esgoto.

Por fim, a pesquisa revelou que 14,1% dos domicílios brasileiros ainda recorrem a fossas rudimentares ou outras formas inadequadas de lançamento do esgoto, como o despejo em valas, rios ou mar.

Em relação ao abastecimento de água, a pesquisa apontou que, em 2022, 85,5% dos domicílios brasileiros estavam ligados à rede de distribuição de água, um percentual que se manteve praticamente estável em comparação a 2016, quando era de 85,8%. A região Sudeste possui o maior percentual de acesso à rede geral de água, alcançando 91,8%, enquanto o Norte registrou o menor percentual, com 60%.

Entre as Unidades da Federação que tinham a rede geral como principal forma de abastecimento e com disponibilidade diária de água em 2022, o Distrito Federal obteve o maior acesso, com 97,7%, enquanto Pernambuco apresentou o menor acesso, com 42,9%.

Segundo o IBGE, cerca de 9% dos domicílios do país que possuem a rede geral como principal forma de abastecimento de água não dispõem de fornecimento diário de água, e desse total, 3,6 milhões estão localizados no Nordeste.

Foto: Claúdio Vieira

Em relação à energia elétrica, a pesquisa revelou que a cobertura no Brasil é praticamente universalizada, atingindo 99,8% dos domicílios do país em 2022, seja pela rede geral ou por fonte alternativa. A energia elétrica é amplamente disponível tanto em áreas urbanas (99,9%) quanto rurais (99%). No entanto, as áreas rurais da região Norte apresentam um percentual mais baixo, com 85%.

Quanto à coleta de lixo, a pesquisa mostrou que 86% dos domicílios brasileiros são atendidos por serviços de limpeza. Houve um aumento significativo em comparação a 2016, quando o percentual era de 82,7%. Entre os domicílios urbanos, a coleta por serviços de limpeza alcançou 93,8%. A região Nordeste foi a única a apresentar menos de 90% de cobertura nesse quesito.

Apesar do crescimento, ainda há um número considerável de domicílios que queimam o lixo na propriedade, principalmente nas áreas rurais, onde mais da metade dos domicílios têm a queima como destino principal para o lixo.

Os dados revelados pelo IBGE reforçam a necessidade de investimentos contínuos em saneamento básico no país, visando melhorar a qualidade de vida da população e garantir condições adequadas de saúde e meio ambiente. É fundamental que os estados e municípios trabalhem em conjunto para ampliar a cobertura de rede de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo, visando alcançar níveis mais elevados de saneamento básico em todo o território nacional.

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