Sangue e sêmen são detectados em amostras coletadas, aumentando a complexidade da investigação
A morte trágica da jovem baiana Emmily Rodrigues continua envolta em mistério e intrigas, mas novas reviravoltas surgiram na investigação que prometem trazer à tona a verdade sobre o fatídico incidente. Quase três meses após a sua morte, foi revelado que amostras de sangue e sêmen foram encontradas em mais de 25 itens coletados no apartamento do empresário Francisco Sáenz Valiente, principal suspeito do caso. O advogado de acusação, Ignácio Trimarco, confirmou a presença dessas evidências chocantes, lançando luz sobre a complexidade do caso.
No dia 30 de março, Emmily perdeu a vida ao cair do sexto andar do luxuoso prédio onde Francisco residia, em uma das áreas nobres de Buenos Aires. O corpo da jovem foi encontrado sem roupas, aumentando ainda mais o mistério que envolve esse trágico evento. Embora Francisco Sáenz Valiente tenha sido inicialmente preso sob suspeita de homicídio, ele foi posteriormente liberado em 19 de março, quando a Justiça decidiu que não havia evidências suficientes para mantê-lo sob custódia. Desde então, ele permanece em liberdade.
"Por enquanto, ele ainda está livre. Tivemos uma audiência na Câmara no dia 22 de maio, mas o caso ainda não foi resolvido. Estamos aguardando uma resposta definitiva e esperamos que a Câmara tome as devidas providências imediatamente", declarou Ignácio Trimarco. Recentemente, o jornal argentino La Nacion divulgou que as amostras de sangue e sêmen foram encontradas em preservativos, lençóis e até mesmo em uma peça de roupa que Emmily estava usando no dia da queda fatal.
Surpreendentemente, a defesa do empresário agora alega que desconhece a origem desses preservativos. Essas atualizações podem ter um impacto significativo na versão da defesa, que sustenta a hipótese de que Emmily teria consumido drogas, sofrido um surto psicótico e se despojado de suas vestimentas antes de se suicidar ao saltar pela janela. Embora um exame toxicológico tenha revelado a presença de cocaína e outras substâncias no organismo da jovem, suas amigas afirmam que ela não era usuária de drogas e não costumava consumir bebidas alcoólicas em excesso.
Inicialmente investigado por suspeita de feminicídio, Francisco Sáenz Valiente teve essa acusação abandonada pela Fiscalía (Ministério Público argentino). Segundo a madrasta da vítima, Fernanda de Andrade, a nova teoria do órgão sugere que Francisco foi responsável por negligência, deixando Emmily morrer. Esse desdobramento reforça ainda mais a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos e buscar a justiça em nome de Emmily Rodrigues.
Relembre os eventos que antecederam esse triste episódio:
Na noite de 29 de março, a brasileira Juliana Magalhães Mourão, de 37 anos, acompanhou Emmily em um jantar com Francisco e outros amigos em Buenos Aires;
Após o jantar, Emmily, Juliana, Francisco e uma terceira mulher dirigiram-se ao apartamento do empresário, localizado em uma área nobre da cidade;
No dia 30 de março, um morador do prédio ligou para a polícia para relatar a presença de um corpo nu no térreo;
Francisco Sáenz Valiente, proprietário do apartamento, e Juliana Mourão foram detidos pela polícia;
Juliana foi liberada momentos depois, mas continua sob investigação, enquanto Francisco permaneceu preso;
Durante seu depoimento à polícia, Francisco afirmou que Emmily se jogou da janela;
No dia 3 de abril, o advogado da família de Emmily informou que o caso está sendo tratado como feminicídio na Argentina;
Em 4 de abril, Aristides Rodrigues, pai de Emmily, concedeu uma entrevista à TV Bahia, contestando a versão de suicídio e mencionando marcas de arranhões no empresário e em Juliana.
Em uma entrevista, amigas próximas de Emmily revelaram que há uma tentativa de difamação da brasileira no país. Elas também desacreditam a versão de suicídio ou surto psicótico apresentada pelo empresário. Segundo essas amigas, Emmily não fazia uso de drogas e raramente consumia bebidas alcoólicas.
No dia 6 de abril, um áudio perturbador foi divulgado pela família de Emmily como parte das evidências da investigação. Na gravação, é possível ouvir os gritos de socorro da jovem ao fundo de uma ligação feita por Francisco Sáenz para o serviço de emergência da cidade. Esse áudio sombrio adiciona mais uma camada de intriga a esse caso já repleto de mistérios.
No dia 16 de abril, o pai de Emmily refutou a informação de que a família teria recebido uma carta manuscrita do suspeito, destacando a complexidade contínua desse processo investigativo em andamento.
Em 19 de abril, o suspeito foi solto por ordem judicial, gerando indignação e preocupação na família e nos apoiadores da busca por justiça.
Em 21 de abril, as amigas da vítima protestaram em frente à embaixada brasileira em Buenos Aires, clamando por uma investigação minuciosa e o esclarecimento dos fatos.
Em 11 de maio, exames toxicológicos preliminares revelaram a presença de cocaína, maconha, ketamina e MDMA no organismo de Emmily, intensificando ainda mais os questionamentos e incertezas em torno desse trágico acontecimento.
O caso Emmily Rodrigues continua a desafiar as autoridades e a sociedade, e a busca por respostas permanece. A descoberta de sangue e sêmen em várias amostras coletadas no apartamento de Francisco Sáenz Valiente adiciona uma nova dimensão a esse enigma. Enquanto isso, a família e os amigos de Emmily clamam por justiça, buscando a verdade por trás dessa morte inexplicável. As investigações prosseguem, e a expectativa é que o desfecho desse caso traga respostas e justiça para Emmily Rodrigues.