Ministro de Lula causa polêmica ao destinar R$ 127 milhões para base eleitoral em Mato Grosso

O ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, está no centro de uma controvérsia política ao indicar um montante de R$ 127 milhões em emendas parlamentares para apenas sete cidades de Mato Grosso, seu Estado de origem. Essa distribuição de recursos, solicitada pelo ministro nomeado por Lula, resulta em uma média de R$ 18 milhões destinados a cada cidade.

No entanto, essa postura de Fávaro gerou desconforto, de acordo com informações do jornal Estado de S. Paulo. A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência determinou o cancelamento da destinação dos recursos, porém até o momento o ministro não suspendeu a indicação das emendas.

O Planalto avalia que Fávaro ultrapassou os limites estabelecidos nas novas regras para os empenhos, que exigem um equilíbrio na distribuição dos benefícios entre os municípios contemplados.

Esses empenhos feitos pelo ministro ocorreram no âmbito das emendas RP2, para onde os recursos do antigo orçamento das emendas de relator passaram a ser destinados após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no final do ano passado. Agora, esses recursos passam pelo controle dos ministérios.

Além dessa controvérsia, o governo federal também anunciou o aguardado Plano Safra 2023, durante uma cerimônia que contou com a participação do ministro da Agricultura. Nesta edição, o programa, que visa fomentar o crédito à produção rural do Brasil, contará com recursos substanciais no valor de R$ 364 bilhões.

Assim como em anos anteriores, o Plano Safra terá como foco principal o custeio e a comercialização da produção agropecuária nacional, além de ações de investimento. A maior parte dos recursos, no valor de R$ 272 bilhões, será direcionada ao custeio, enquanto R$ 92 bilhões serão destinados aos investimentos.

O Plano Safra tem como objetivo facilitar o acesso ao crédito para médios e grandes produtores rurais, oferecendo taxas de juros mais baixas em comparação com as praticadas pelo mercado financeiro. Uma das novidades deste ano é o valor destinado ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, com R$ 2,8 bilhões para armazéns de até 6 mil toneladas e R$ 3,8 bilhões para estruturas maiores.

Acompanhe as repercussões políticas e as oportunidades oferecidas pelo Plano Safra, que busca impulsionar o setor agrícola do país, enquanto o ministro Fávaro enfrenta críticas relacionadas à distribuição de recursos em sua base eleitoral em Mato Grosso.