Brasil

Produto estético perigoso leva mulheres à UTI: comercialização é proibida

Vigilância Sanitária proíbe venda de produtos relacionados a complicações de saúde; investigações estão em andamento

Por Redação

03/07/2023 às 14:00:00 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Um perigoso produto estético, associado a complicações de saúde que resultaram em mulheres sendo internadas na UTI, teve sua comercialização proibida pela Vigilância em Saúde (Suvisa) de Goiás. A medida cautelar foi tomada após relatos alarmantes de, pelo menos, seis mulheres que sofreram problemas de saúde após utilizar os produtos. A polícia está investigando os casos, que ocorreram em Goiás e no Paraná.

Diante da proibição, as empresas que possuem estoques dos produtos InduMAX Fluído Coloidal Dermo Ultraconcentrado Tonificante — UP Glúteos e InduMAX Fluído Dermo Bioestimulador e Preenchedor Filler — CA Harmony devem retê-los durante o período de vigência da resolução. Segundo a delegada Emília Podestà, responsável pelo caso, a proprietária da empresa CosmoBeauty alegou que os produtos possuíam registro e que as complicações eram resultado da técnica de aplicação utilizada pelas profissionais. No entanto, a Polícia Civil constatou que nenhum dos produtos mencionados possui registro, e a forma de aplicação foi a mesma indicada na embalagem.

As investigações revelaram que os dois produtos proibidos foram utilizados nos procedimentos estéticos relacionados aos casos em questão. Além das quatro mulheres em Goiás, foram identificadas mais duas pacientes no Paraná que sofreram complicações após utilizar os produtos. Os sintomas apresentados por todas as vítimas são semelhantes. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) será realizado para detalhar a composição dos produtos e verificar se as substâncias estão relacionadas aos sintomas. A delegada Emília ressalta que o Harmony Filler é utilizado nos procedimentos faciais, enquanto as substâncias são combinadas para preenchimento dos glúteos.

O estado de saúde de algumas das vítimas é preocupante. Betânia Lima Guarda, de 29 anos, passou quase 10 dias hospitalizada, sendo quase uma semana na UTI, devido a complicações após um procedimento para aumentar o bumbum. Ela chegou a ficar em estado grave devido a uma embolia pulmonar.

A segunda vítima, de 41 anos, também sofreu complicações após a aplicação do produto, sendo internada por dois dias em um hospital. No entanto, ela apresentou melhoras e está se recuperando em casa. A terceira vítima, que também é de Aparecida de Goiânia, prestou depoimento por vídeochamada devido ao seu estado de internação. "O caso dessa terceira vítima foi um pouco mais grave, com sete paradas cardiorrespiratórias, internação na UTI, extubação, mas ela continua internada", revelou a delegada.

Uma paciente do Paraná é a quarta vítima identificada até o momento. Segundo a polícia, ela passou mal após um procedimento com o mesmo produto e precisou ser hospitalizada. Apesar de ter recebido alta, ela ainda enfrenta dificuldades respiratórias.

A proibição da comercialização desses produtos estéticos é uma medida necessária para garantir a segurança e a saúde da população. É essencial que os órgãos competentes aprofundem as investigações e responsabilizem os envolvidos nesses casos, a fim de evitar que mais pessoas sejam expostas a riscos desnecessários.

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