PF desmantela quadrilha responsável por troca de malas de brasileiras presas por tráfico de drogas na Alemanha
Operação Efeito Colateral desvenda esquema de tráfico internacional de drogas envolvendo malas de passageiras inocentes
Nesta terça-feira (18), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Efeito Colateral, com o objetivo de prender os integrantes de uma quadrilha responsável pelo esquema de tráfico internacional de drogas que levou à prisão injusta das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, em março deste ano. A investigação revelou que as malas das vítimas foram trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, resultando em sua detenção na Alemanha por 38 dias.
O caso das brasileiras Jeanne e Kátyna se iniciou quando elas tiveram suas malas trocadas enquanto aguardavam o voo para Frankfurt, na Alemanha. Após a descoberta de cocaína nas bagagens, as duas foram presas e passaram quase um mês e meio na prisão. No entanto, a Polícia Federal brasileira comprovou posteriormente a inocência das vítimas, revelando a ação criminosa por trás da troca das malas.
A segunda fase da Operação Efeito Colateral busca cumprir 45 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisões temporárias e preventivas nas cidades de Guarulhos e São Paulo. Até o momento, 16 pessoas foram presas, enquanto outras duas ainda estão foragidas. A Polícia Federal também identificou os mandantes do crime e outros membros da organização criminosa responsável pelo envio de cocaína em outras ocasiões, para Portugal em outubro de 2022 e para a França em março deste ano.
A viagem que deveria durar 20 dias pela Europa acabou em uma prisão injusta por tráfico internacional de drogas. Jeanne e Kátyna planejaram a viagem com antecedência, com o intuito de celebrar um momento especial em suas carreiras profissionais. No entanto, a prisão em Frankfurt, na última escala antes de Berlim, levantou suspeitas e resultou em uma operação da Polícia Federal para descobrir o que havia acontecido com as malas despachadas em Goiânia.
A investigação revelou imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostrando o desembarque das malas, uma branca e uma preta. Embora tenham sido despachadas em Goiânia, as malas foram trocadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por funcionários terceirizados encarregados do manuseio das bagagens. As vítimas, Jeanne e Kátyna, não tiveram conhecimento da troca das malas e das etiquetas, já que, durante as escalas internacionais, os passageiros despacham suas malas no aeroporto de origem e as recuperam apenas no destino final.
A Operação Efeito Colateral revela a complexidade e os riscos envolvidos no tráfico internacional de drogas, destacando a importância das investigações e da cooperação entre as autoridades para combater essas organizações criminosas. O caso das brasileiras Jeanne e Kátyna serve como exemplo das graves consequências que a troca de malas pode ter na vida das pessoas, resultando em prisões injustas e prejudicando a reputação e a liberdade dos envolvidos.