Golpe milionário de falso investimento atinge o Brasil inteiro, afirma polícia
Esquema de falsos grupos de investimentos em aplicativos lesa mais de 20 mil vítimas e movimenta mais de R$ 1 bilhão em contas no exterior
Um esquema gigantesco de falsos grupos de investimentos em aplicativos de troca de mensagem causou prejuízos a mais de 20 mil pessoas em todo o Brasil, movimentando mais de R$ 1 bilhão em contas no exterior, de acordo com a polícia responsável pelo caso. Na semana passada, foram realizadas nove prisões nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, desmantelando parte do esquema fraudulento.
O delegado Heleno dos Santos, responsável pelo caso, afirma que o golpe é "um esquema gigantesco que atinge o Brasil inteiro". Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham depositado dinheiro nas contas dos golpistas, acreditando que estavam investindo no mercado de ações com a promessa de altos retornos financeiros.
Diversas contas em paraísos fiscais foram identificadas pela polícia, com valores que ultrapassam R$ 1 bilhão. O delegado ressalta que apenas em uma célula do golpe no Rio Grande do Sul foram identificados 28 grupos, cada um com pelo menos 1 mil pessoas. Ao considerar a expansão do esquema para outros estados, o número de vítimas continua aumentando.
Além dos estados onde foram realizadas as prisões, as polícias de Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins já estão investigando possíveis ramificações do golpe em seus territórios.
O esquema foi desarticulado pela polícia na semana passada, resultando em 11 prisões temporárias, busca e apreensão em residências e veículos, além do bloqueio de contas bancárias e imóveis dos suspeitos. Os golpistas utilizavam uma empresa falsa que prometia investimentos no mercado de ações, atraindo vítimas para grupos virtuais de investimentos financeiros lucrativos.
As vítimas eram pressionadas a fazer aplicações rápidas com base em informações privilegiadas fornecidas pelos falsos consultores. O dinheiro depositado pelos investidores era desviado para contas de criminosos, principalmente no exterior, e transações eram simuladas para parecerem legítimas. Suspeita-se que os golpistas tenham criado empresas de fachada para facilitar o desvio dos recursos obtidos.
Os suspeitos ostentavam seus ganhos nas redes sociais para convencer outras pessoas a ingressar no esquema fraudulento. Além disso, alugavam salas comerciais luxuosas para simular reuniões de trabalho e conferir credibilidade ao golpe.
A polícia continua investigando o caso e alerta a população para que esteja atenta a propostas de investimentos suspeitas e busque orientação de instituições financeiras regulamentadas antes de realizar qualquer transação. Acompanhe as próximas etapas dessa investigação que desvenda um dos maiores golpes financeiros do país.