STJ nega liberdade a empresário acusado de tráfico internacional de drogas em Araguaína

Márcio César Trindade Oliveira, proprietário de concessionária, permanece preso após decisão do STJ

Foto: Reprodução

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O empresário Márcio César Trindade Oliveira, conhecido como César Trindade e proprietário de uma concessionária de veículos em Araguaína, continua preso após uma decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O habeas corpus solicitado por sua defesa foi indeferido, e a prisão preventiva do empresário acusado de envolvimento com o tráfico internacional de drogas foi mantida.

César Trindade está sob investigação na Operação Rota Caipira, que tem como objetivo desvendar um esquema de tráfico internacional de drogas. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) no dia 26 de abril deste ano em diversos estados do Brasil.

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A defesa do empresário, representada pelos advogados Edgar Luís Mondadori e Michel Pires Ferreira, alegou que outros investigados na mesma situação processual foram colocados em liberdade, solicitando, assim, a revogação da prisão preventiva. No entanto, a ministra Maria Thereza indeferiu o pedido de liminar, salientando que a análise do caso não se daria em regime de plantão da instância superior.

A decisão da ministra também considerou as acusações atribuídas a César Trindade, que estariam em processo, envolvendo a suspeita de lavagem de dinheiro através da empresa de veículos e a aquisição de bens, inclusive uma aeronave, em nome de um sobrinho que também é investigado. As suspeitas também recaem sobre o financiamento do tráfico internacional de drogas.

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A Operação Rota Caipira abrangeu diversos estados brasileiros e resultou na expedição de 195 mandados, sendo 28 de prisão preventiva e 95 de busca e apreensão. Além disso, três propriedades rurais foram alvo de sequestro judicial, 16 aeronaves ligadas ao esquema foram apreendidas, e até R$ 300 milhões dos investigados foram bloqueados.

A investigação da PF em Araguaína revelou que a organização criminosa adquiria cocaína no exterior e a transportava por meio de uma complexa estrutura aérea até pontos estratégicos nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. Inicialmente, o destino final dos carregamentos era o nordeste brasileiro, com foco em capitais como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). A possibilidade de envio da droga para países da Europa por meio de portos da região também está sendo investigada.

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A investigação teve início em novembro de 2020, após uma troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, quando 815 kg de cocaína foram apreendidos em Tucumã (PA).

Enquanto aguarda o julgamento do mérito do habeas corpus, a defesa de Márcio César Trindade enfatiza que não existem provas das acusações que pesam sobre ele, sustentando que sua prisão preventiva é baseada em meras suposições. O empresário permanece detido há 90 dias, e a defesa reforça que a liberdade é essencial, ressaltando a ausência dos requisitos para a manutenção da prisão.

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