Idosa morre após mais de dois meses internada em UTI por atropelamento em faixa de pedestre de Palmas

Uma história de dor e impunidade marcou a vida de Maria de Jesus Barbosa Chaves, de 68 anos, moradora de Palmas, cuja vida foi brutalmente interrompida após um terrível acidente. Em 16 de maio deste ano, ela foi atropelada por um carro em uma faixa de pedestre da Avenida NS-02. Desde então, Maria lutou pela vida, mas infelizmente, após mais de dois meses internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP), não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta terça-feira (1º).

O acidente que resultou na morte da idosa foi marcado pela irresponsabilidade e crueldade, pois o motorista que a atropelou fugiu sem prestar socorro, deixando Maria de Jesus à própria sorte. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu) após a intervenção de uma pessoa que passava pelo local no momento do acidente.

Os ferimentos sofridos por Maria foram graves e deixaram sequelas devastadoras. Com costelas quebradas, perfuração no pulmão, pneumotórax e derrame pleural, além de fraturas no ombro e na bacia, a idosa enfrentou um doloroso período de tratamento na UTI. Segundo relatos da servidora pública Joerlane Barbosa, sobrinha de Maria de Jesus, a vítima nunca mais acordou e não apresentou qualquer reação após o acidente.

A tragédia de Maria de Jesus é apenas um exemplo das consequências da violência no trânsito em Palmas. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas 217 infrações relacionadas às faixas de pedestres na cidade.

Mesmo passados mais de dois meses desde o atropelamento, o motorista responsável ainda não foi localizado, deixando a família de Maria sem justiça e sem respostas sobre o crime que ceifou a vida de sua ente querida. A Polícia Civil está investigando o caso e espera-se que o responsável seja encontrado e devidamente responsabilizado pela tragédia ocorrida.

Maria de Jesus Barbosa Chaves morava sozinha próximo ao local do acidente, na quadra 104 norte. Sem deixar filhos ou cônjuge, seu trágico destino deixa uma lacuna de dor e saudade entre seus familiares e amigos.