Mapeamento da Logística Reversa do Vidro no Tocantins: Uma Jornada Rumo à Sustentabilidade

A busca por soluções inteligentes e sustentáveis para o gerenciamento de resíduos sólidos ganha mais um capítulo inspirador no Tocantins. A equipe da Diretoria de Planejamento de Saneamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) deu um passo decisivo na última quinta-feira ao realizar uma visita técnica ao empreendimento Ecovip – Soluções Ambientais na Capital, Palmas. Esta visita é o pontapé inicial para um mapeamento detalhado da gestão dos resíduos de vidro no estado, com o objetivo de orientar ações, fomentar a destinação adequada e estimular os benefícios socioeconômicos da reciclagem seletiva.

A diretora de Planejamento de Saneamento Ambiental da Semarh, Ellen Silvia Amaral Figueiredo, compartilhou a importância desse esforço. "Antes, o vidro era um problema sem solução no território tocantinense, mas hoje vimos que na Capital já temos um empreendimento funcionando. Agora vamos buscar soluções para ampliar essa experiência por todo o estado", afirmou com entusiasmo.

A ação é um marco fundamental para o estado, visto que o vidro, por suas características, pode se tornar um desafio ambiental quando descartado incorretamente. No entanto, o processo de logística reversa, implementado pelo empreendimento Ecovip, está abrindo novos horizontes. Atualmente, Palmas conta com 100 pontos de coleta espalhados por condomínios e comércio, mas a intenção é ampliar esse número com 200 contêineres estrategicamente posicionados em locais-chave.

O sócio gerente-operacional da Ecovip, Juanor da Fonseca, compartilhou os planos ambiciosos da empresa. "A meta é enviar 30 toneladas/mês e avançar para 200 toneladas mensais. Na etapa de ampliação, pretendemos colocar mais unidades em bares e restaurantes, buscando alcançar todos os municípios. O material recolhido nos contêineres é selecionado e compactado para envio à reciclagem, porque o resíduo contaminado não serve, por exemplo o vidro não pode ser misturado com porcelana, recipientes de medicamentos ou lâmpadas", esclareceu.

A busca por otimização é crucial para a eficácia do processo. O material coletado nos contêineres passa por um criterioso processo de seleção e compactação, visando atender às exigências do mercado e das tecnologias de reciclagem. A ação está em consonância com a Política de Resíduos Sólidos, buscando agregar valor e qualidade ao processo de reciclagem, ao mesmo tempo em que sensibiliza a população sobre a importância do descarte correto de resíduos de vidro.

A visita também proporcionou um intercâmbio de conhecimentos entre especialistas. A gerente de Gestão de Resíduos Sólidos, Hélia Pacheco, destacou a oportunidade de conhecer em detalhes o processo de gestão de resíduos, desde a coleta até a destinação final. O mapeamento não apenas orienta ações, mas também abre portas para reflexões sobre normatizações e parcerias que podem fortalecer ainda mais a sustentabilidade ambiental e econômica do estado.

A logística reversa é uma ferramenta poderosa para transformar resíduos em recursos, gerando valor econômico e preservando o meio ambiente. Com a lei de logística reversa, os produtos são responsáveis por seus próprios resíduos, reduzindo o impacto ambiental e impulsionando a economia circular. Nesse cenário, o mapeamento da gestão dos resíduos de vidro no Tocantins é um passo essencial em direção a um futuro mais limpo e sustentável, mostrando que soluções inovadoras podem nascer da união entre o setor público e o privado.