Petista ganhou destaque nos último dias, mas presidente se mantém invicto em interações e compartilhamentos
Um mês após a anulação do ministro Edson Fachin sobre as condenações de Lula na lava-jato, o ex presidente colhe resultados positivos sobre a reconstrução de sua imagem.
Nesse período, de acordo com levantamento do Poder 360, ele conquistou 739 mil novos seguidores nos seus perfis oficiais no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube. Isso representa 24.549, por dia, em média.
Mesmo assim, as redes sociais estão para Bolsonaro na mesma instensidade com que a grande imprensa parece desbravar um conflito interminável com o chefe da nação.
Mesmo com a entrada de Lula no jogo eleitoral, visando 2022, e apesar de uma queda nas interações, Bolsonaro mantém favoritismo, aliado à capacidade de utilizar a rede de amigos dos seus aliados para amplificar seus conteúdos. O presidente não perdeu seguidores desde o anúncio de Fachin. Ele ganhou 280 mil aliados digitais no período e mantém o ritmo em que quase 5 milhões de pessoas interagem, por postagem, em suas redes, contra quase 3 milhões de interações do petista.
As mídias sociais são o retrato veroz da polarização política no país. Com os ânimos acirrados entre as torcidas de direita e esquerda, fica mais difícil o êxito de nomes como Dória e Moro na arrancada que se dá sutilmente a caminho das urnas. Se as redes sociais são o termômetro certo para isso? A eleição de Bolsonaro em 2018, contra cultura, contra o politicamente correto e contra a influência da esquerda nas redações de jornais, parece indicar que sim.
Nos últimos 30 dias, Ciro Gomes ganhou 77.104 seguidores, Dória aumentou a sua base em 59.632 seguidores, mesmo com a sua exposição diária no combate ao coronavírus, e Moro conquistou 9.208 nas redes socais.