Homem teria feito inĂșmeras vĂtimas no Tocantins e tambĂ©m em GoiĂĄs
A PolĂcia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 103ÂȘ Delegacia de Taguatinga, no Sudeste do Estado, concluiu na Ășltima segunda-feira, 3, as investigações sobre crimes de estelionato, indiciou e prendeu um indivĂduo de 39 anos, que é apontado como o principal suspeito de aplicar golpes, sobretudo em idosos, nas cidades de Taguatinga e Ponte Alta do Bom Jesus. Conforme o delegado Lucas Rodrigues, responsĂĄvel pelo caso, as investigações apontaram que o indivĂduo abordava pessoas idosas em suas casas, afirmando ser servidor da PrevidĂȘncia Social e que precisava fazer prova de vida das vĂtimas. Em seguida, solicitava a apresentação de todos os documentos pessoais e os relativos aos benefĂcios assistenciais que possuĂa. Durante a abordagem, o indivĂduo apropriava-se dos cartões de recebimentos dos auxĂlios e das respectivas senhas, que comumente são mantidas em anotações junto dos demais documentos por pessoas idosas. "De posse dos cartões, o indivĂduo se dirigia até agĂȘncias bancĂĄrias de vĂĄrias cidades, em estados diferentes, e realizava inĂșmeras transações, como empréstimos, adiantamentos, saques, transferĂȘncias, além de utilizar o limite de crédito em uma mĂĄquina de cartão licenciada em seu próprio nome", informou a autoridade policial. Assim que a PolĂcia Civil tomou conhecimento dos fatos, foi instaurado inquérito policial e, após diligĂȘncias investigativas, foi possĂvel identificar o indivĂduo, que possui residĂȘncia no Estado de GoiĂĄs. "Posteriormente, foi apurado que o investigado se utilizava de nomes diferentes em documentos diversos, mudando a grafia do nome, o sobrenome ou mesmo o nome de sua genitora, de modo a dificultar sua identificação. Além disso, foi constatado que o investigado possui ou possuiu cerca de 15 nĂșmeros de CPF diferentes, a maior parte jĂĄ cancelado", pontuou a autoridade policial. Com o aprofundamento das investigações, os policiais civis descobriram ainda que o investigado foi condenado no Estado de GoiĂĄs, a uma pena de 11 anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado, pela prĂĄtica dos crimes descritos nos artigos 288, caput (associação criminosa), e artigo 297, caput (falsificação de documento pĂșblico), ambos do Código Penal Brasileiro, cujo processo aguarda julgamento de recurso no Superior Tribunal de Justiça. Diante de todos esses elementos, foi apresentada representação policial pela prisão preventiva do investigado, o que possibilitou a prisão do indivĂduo na data de hoje. Ao final das investigações, o homem foi indiciado pela prĂĄtica do crime de estelionato praticado contra pessoa idosa, por duas vezes, crime que possui pena privativa de liberdade de um a cinco anos de multa.