Brasil

Estudante de medicina flagrada com cigarro eletrônico em centro obstétrico gera polêmica e preocupações com a saúde

Secretaria Municipal de Saúde toma medidas após incidente em maternidade municipal no Rio de Janeiro

Por Redação

14/06/2023 às 08:00:00 - Atualizado há
Reprodução/Redes Sociais

Um incidente abalou a rotina do Hospital Maternidade Municipal Leila Diniz, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Uma estudante de medicina foi flagrada com um cigarro eletrônico dentro do centro obstétrico, desrespeitando as normas estabelecidas pela unidade de saúde. A imagem da jovem segurando o dispositivo nas mãos rapidamente circulou pelas redes sociais, despertando indignação e preocupação. Como resultado, a estudante foi prontamente expulsa da unidade e retirada do programa de internato, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A direção do hospital expressou profundo desapontamento com a postura da estudante e reforçou a gravidade dessa conduta inadequada. A SMS lembra enfaticamente que é estritamente proibido o uso de cigarros, sejam eles convencionais ou eletrônicos, em ambientes hospitalares.

Além das repercussões disciplinares, a utilização de cigarros eletrônicos apresenta sérios riscos à saúde, como revelado por uma pesquisa recente. Segundo um estudo inédito publicado na revista científica World Journal of Oncology e divulgado pelo jornal O Globo, usuários de cigarro eletrônico são diagnosticados com câncer quase duas décadas antes do que os fumantes convencionais. Esse dispositivo também aumenta significativamente o risco de desenvolver tumores.

A pesquisa, conduzida por uma equipe de pesquisadores de renomadas universidades americanas, analisou informações de mais de 150 mil pacientes entre 2015 e 2018. Entre os participantes, 5% eram usuários de cigarros eletrônicos, 31,4% eram fumantes tradicionais e 63,6% não fumavam.

Surpreendentemente, os resultados indicaram que os usuários de cigarro eletrônico apresentavam uma menor prevalência de câncer em comparação aos fumantes tradicionais. No entanto, aqueles que utilizavam esse dispositivo foram diagnosticados com câncer em uma idade média de 45 anos, enquanto os fumantes convencionais recebiam o diagnóstico aos 63 anos.

Outra descoberta alarmante do estudo é que os tipos de câncer mais comuns entre os usuários de cigarro eletrônico diferem daqueles observados em fumantes de cigarros convencionais. Entre os usuários de vape, foram identificados casos frequentes de câncer cervical, leucemia, câncer de pele e câncer de tireoide.

Diante desses dados preocupantes e da clara violação das normas hospitalares, é crucial reforçar a conscientização sobre os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos. A saúde dos profissionais de saúde, dos pacientes e dos recém-nascidos é uma prioridade máxima, e ações firmes devem ser tomadas para garantir um ambiente hospitalar seguro e livre de dispositivos prejudiciais como os cigarros eletrônicos.

A sociedade como um todo deve estar atenta aos riscos desses dispositivos e unir esforços para desencorajar seu uso. A saúde não pode ser comprometida por comportamentos irresponsáveis, especialmente quando se trata de ambientes tão sensíveis quanto um centro obstétrico de uma maternidade municipal.

Neste momento, é fundamental que as autoridades de saúde redobrem a vigilância e promovam campanhas educativas para alertar sobre os perigos do uso de cigarros eletrônicos, visando a proteção da saúde de todos os envolvidos.

Comunicar erro
GG Noticias

© 2024 GG Noticias - Todos os direitos reservados.

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

GG Noticias
Acompanhantes em Goi?nia