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Investimentos de clubes em atletas crescem, mas dívidas preocupam; Flamengo é ponto fora da curva

Relatório Convocados 2023 revela aumento nos investimentos e endividamento dos clubes brasileiros

Por Redação

16/06/2023 às 12:35:45 - Atualizado há
Infoesporte

Um novo relatório divulgado pelas consultorias Convocados, Galapagos e OutField revela um panorama preocupante sobre a situação financeira dos clubes brasileiros. Embora os investimentos na contratação de atletas tenham atingido um patamar recorde em 2022, o aumento das dívidas tem sido motivo de alerta para especialistas. No entanto, há um clube que se destaca nesse cenário: o Flamengo, que se mostra como um ponto fora da curva.

De acordo com o relatório de 2023, os investimentos dos clubes da Série A na contratação de atletas alcançaram o valor mais alto da série histórica, totalizando 1,303 bilhão de reais em 2022. Isso representa um aumento significativo de 46% em relação ao ano anterior. No entanto, o estudo também revela um crescimento de 8,9% na dívida líquida das equipes da elite do futebol brasileiro.

Dentre os clubes com maiores passivos, destacam-se Atlético-MG, Corinthians e Cruzeiro, que apresentam os maiores endividamentos do país. Por outro lado, Cuiabá, Goiás e Flamengo tiveram as maiores reduções em suas dívidas de 2021 para 2022. Essa discrepância entre os clubes evidencia a necessidade de solucionar o problema das dívidas, que já ultrapassou a marca dos 10 bilhões de reais para os clubes da elite.

Segundo Cesar Grafietti, sócio da consultoria Convocados, o aumento das dívidas é motivo de preocupação e urge a busca por soluções. Alguns clubes, motivados pela melhora no desempenho esportivo, assumiram compromissos financeiros além do recomendável. Grafietti destaca a importância de gastar de forma mais eficiente e reestruturar as dívidas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Em relação às receitas, os clubes da elite arrecadaram um total de 6,915 bilhões de reais em 2022, ligeiramente abaixo de 2021. No entanto, houve uma evolução nas receitas recorrentes, que não dependem de eventos extraordinários, como as vendas de jogadores. O relatório aponta um aumento nas receitas com publicidade e com o torcedor. Flamengo e Corinthians se destacaram como os clubes com as maiores receitas recorrentes, enquanto o Fortaleza demonstrou um bom desempenho, com um aumento de 36% nas cifras.

É importante ressaltar a concentração de receitas na elite do futebol brasileiro. Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo foram responsáveis por quase metade do total arrecadado, enquanto apenas 11 clubes concentram 84% das receitas. Essa disparidade revela a necessidade de uma gestão financeira mais eficiente e uma maior diversificação das fontes de receita.

O relatório também projeta o tempo necessário para que cada clube consiga eliminar suas dívidas, caso utilizem 20% das receitas médias anuais dos últimos quatro anos para pagá-las. Nesse aspecto, Atlético-MG, Cruzeiro, Botafogo, Vasco e Bragantino seriam os clubes que levariam mais tempo para concluir essa árdua missão. Por outro lado, Cuiabá, Atlético-GO, Goiás, Flamengo e Fortaleza seriam os mais rápidos a alcançar tal feito.

Diante desse cenário desafiador, é essencial que os clubes adotem uma gestão financeira responsável e eficiente, buscando equilibrar os investimentos em atletas com o controle das dívidas. A superação desses desafios não apenas garantirá a sustentabilidade dos clubes, mas também fortalecerá o futebol brasileiro como um todo, permitindo um crescimento mais sólido e duradouro.

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