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Idosa realiza sonho de tirar habilitação aos 65 anos e mostra que a educação para o trânsito não tem idade

Romana Santos da Silva Carvalho supera desafios e conclui processo de habilitação, demonstrando que nunca é tarde para aprender e respeitar as normas de trânsito

Por Redação

17/07/2023 às 09:00:00 - Atualizado há
Foto: Reprodução

A história inspiradora de Romana Santos da Silva Carvalho, que realizou o sonho de obter sua carteira de motorista aos 65 anos, ressalta a importância da educação para o trânsito em todas as idades. Romana dedicou mais de dois anos de estudo e preparação para vencer as aulas teóricas e práticas, provando que os sonhos não têm prazo de validade e que a educação para o trânsito não possui limite de idade.

Em 2020, ela decidiu tirar sua habilitação, enfrentando dificuldades, especialmente durante a pandemia. Mesmo assim, com determinação e sucesso, Romana obteve sua habilitação provisória em 9 de fevereiro de 2023.

Curiosamente, Romana começou sua jornada para incentivar sua filha a tirar a carteira de motorista. Elas começaram a fazer aulas juntas na autoescola, mas enquanto Romana concluiu o processo, sua filha acabou interrompendo. A história de Romana destaca que o desejo de aprender e respeitar as normas de trânsito não deve ter restrições de idade.

Foto: Luciana Pires

O trânsito é uma parte inevitável da vida em sociedade, seja para quem utiliza um veículo como meio de transporte e trabalho, ou para aqueles que se deslocam de bicicleta ou a pé. Nesse contexto, conhecer e respeitar as normas de trânsito é essencial para evitar acidentes e preservar vidas.

A agente de trânsito Carolina Santos de Souza destaca que a educação para o trânsito é um dos pilares fundamentais, ao lado da engenharia e fiscalização, para promover um trânsito seguro e consciente. Através da educação, é possível reduzir acidentes e, principalmente, evitar vítimas fatais causadas pela imprudência e negligência ao conduzir um veículo.

Especialistas afirmam que o momento ideal para começar a falar sobre trânsito é no fim da primeira infância, por volta dos três anos. Nessa idade, as crianças já podem aprender sobre as cores do semáforo, a importância do uso da cadeirinha e outras noções básicas. A neurociência aponta que essa é uma fase em que a mente está mais preparada para receber informações e a criança está mais apta a entender e assimilar essas informações ao longo da vida.

Foto: Luciana Pires

É crucial lembrar que aqueles que esquecem as normas de trânsito aprendidas durante o processo de habilitação ou que simplesmente as desconhecem têm grandes chances de se tornarem imprudentes no trânsito, o que é uma das principais causas de acidentes.

Em Palmas, os principais fatores de risco no trânsito são dirigir sob influência de álcool, a falta de habilitação e o desrespeito à sinalização. Esses são exemplos do chamado fator humano, que reflete diretamente nos números de acidentes e mortes registrados na cidade. A educação para o trânsito se mostra como a resposta para mudar essa realidade.

Embora a punição, como multas e apreensões, tenha seu papel, especialistas destacam que o foco principal deve ser a educação. A prevenção é mais eficaz e menos onerosa para as famílias, o Estado e a sociedade como um todo. É essencial estimular a educação de forma constante, buscando evitar infrações e acidentes. As campanhas educativas são fundamentais para disseminar conhecimento e conscientização sobre o trânsito, garantindo que as informações sejam levadas para casa e retroalimentadas pelos filhos aos pais.

Foto: Colégio Marista

A educação para o trânsito começa desde cedo, nas escolas particulares e públicas de Palmas, onde as crianças aprendem, de forma lúdica, sobre a importância de respeitar a faixa de pedestres, os sinais de trânsito e outros aspectos fundamentais. Essas ações também se estendem ao público adulto em empresas públicas e privadas, abordando temas como direção preventiva, manutenção veicular e os perigos de dirigir sob a influência de álcool, em estado de estresse ou sonolência.

A educação é a base para formar condutores conscientes, diminuindo a probabilidade de acidentes e tornando a fiscalização uma medida de último recurso. Através de intervenções educativas desde cedo, aliadas à conscientização contínua, é possível criar um sistema que trabalha em prol da segurança viária e da saúde no trânsito.

Portanto, a história de Romana Santos da Silva Carvalho é um lembrete poderoso de que nunca é tarde para aprender e respeitar as normas de trânsito. Fazer escolhas melhores no trânsito certamente resultará em menos acidentes e menos vítimas, promovendo um ambiente seguro para todos.

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