Cidades

Suspensão de Transporte Escolar Deixa Alunos Sem Aula

Empresa investigada por fraude em contratos suspende serviço de transporte escolar, prejudicando estudantes da zona rural de Palmas.

Por Redação

17/08/2023 às 12:00:00 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Um turbilhão de eventos desencadeou uma crise educacional em Palmas, capital do Tocantins, após uma empresa envolvida em investigações da Polícia Federal suspender abruptamente o serviço de transporte escolar. Isso deixou estudantes da zona rural sem aulas e provocou uma onda de acusações sobre a má gestão dos contratos públicos.

Após uma semana da operação da Polícia Federal que mirou contratos de kits escolares e fornecimento de ônibus para estudantes, a empresa responsável pela operação de transporte escolar decidiu interromper seus serviços. Alunos do distrito de Taquaruçu Grande, que esperavam pelos ônibus, foram surpreendidos com a notícia de que teriam que retornar para casa, sem acesso às aulas que lhes são vitais.

A Prefeitura de Palmas revelou que a suspensão ocorreu devido a um atraso no repasse de recursos para a empresa Vila Rica. No entanto, o problema foi agravado pelo fato de que os contratos investigados pela PF foram recolhidos durante a operação, prejudicando os processos internos e impedindo o pagamento à empresa prestadora de serviços. A situação gerou um impasse e pôs em xeque a continuidade do transporte escolar.

A situação ganha contornos dramáticos ao considerar que muitos estudantes da zona rural dependem do transporte escolar para acessar a educação. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Procuradoria Geral do Município (PGM) entraram em ação para recuperar o contrato do transporte através do sistema judicial, com a promessa de regularizar os pagamentos ainda nesta quinta-feira (18), permitindo que o transporte seja normalizado e os alunos retomem suas aulas.

O advogado Cristiano Lustosa, representante da empresa, desabafou sobre a situação crítica. Segundo ele, a suspensão foi uma medida de precaução, uma vez que a falta de pagamento desde junho comprometeu a capacidade da empresa de fornecer até mesmo o combustível necessário para a operação dos ônibus. Lustosa também destacou que os salários dos motoristas e monitores estão atrasados, o que dificulta a manutenção de um serviço seguro e eficiente.

"Não podemos permitir que crianças sejam transportadas por estradas precárias sem garantia de combustível. Isso é altamente arriscado e perigoso. Desde o início do contrato, a Secretaria de Educação não cumpre com os pagamentos, que costumam atrasar até dois meses. Além disso, enfrentamos acusações de corrupção e pagamento de propina, mas estamos provando que somos vítimas das circunstâncias e da incompetência dos gestores públicos", desabafou o advogado.

Foto: PF

As operações da Polícia Federal, conduzidas em 10 de agosto, lançaram luz sobre diversos contratos firmados pela Secretaria Municipal da Educação. Um dos contratos, relacionado ao transporte escolar, foi alvo da investigação e soma cerca de R$ 19,9 milhões. Outro contrato, no valor de R$ 14,9 milhões, foi assinado sem licitação para a compra de kits pedagógicos. Além das acusações de irregularidades, há também a suspeita de pagamento de propina a agentes públicos.

A saga continua, com a população ansiosa por respostas e ações concretas para garantir que o sistema educacional não seja prejudicado ainda mais por essas complexas circunstâncias. Enquanto a investigação avança, alunos e suas famílias esperam pela restauração da normalidade e pela confiança de que os recursos públicos serão geridos de forma transparente e eficaz, com o bem-estar educacional em primeiro plano.

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