Ao todo, Lacen recebeu 2.762 amostras da empresa que foi interditada, mas apenas 1.318 tiveram condições para serem analisadas.
Das mais de 2,7 mil amostras apreendidas em operação que interditou laboratórios, o técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) conseguiu concluir 1.318 análises e emitir laudos para pacientes. Entretanto, mais de 1,4 mil mulheres terão que refazer o exame que identifica o câncer de colo de útero, já que as amostras não tinham condições de serem utilizadas.
As amostras foram coletadas pelo Laboratório IPC Eireli, de Araguaína, que teve contrato encerrado com o governo após operação que encontrou diversas irregularidades no armazenamento. A ação ocorreu em maio deste ano e na vistoria, equipes da Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Ministério Público Estadual encontraram condições precárias no tratamento das amostras e até úteros armazenados em potes reutilizáveis
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em junho, o Lacen catalogou 2.762 amostras e conseguiu analisar 1.318 materiais de pacientes de 28 municípios. Os laudos emitidos são de exames preventivos (citopatológico), que rastreiam o câncer do colo de útero. Ao todo, 1.444 amostras eram inaproveitáveis e os pacientes deverão passar por nova coleta.
Entre as amostras enviadas ao Lacen, técnicos identificaram materiais inviáveis para análise, devido os problemas com armazenamento e falta de identificação ou requisição para o exame.
Para esses, a pasta informou que os exames serão reencaminhados aos municípios de origem para nova coleta, que deve ser feita das na unidades básicas de saúde. O próprio município deverá entrar e contato com as mulheres para nova coleta.
A partir de agosto, as amostras de pacientes de outros 57 municípios da região norte do estado que também estavam sob responsabilidade de laboratórios investigados serão analisadas pelo Lacen.