Geral Economia

Os desafios que abalam a fortuna de Luiza Trajano

Empresária enfrenta queda nos resultados da Magalu e desvalorização das ações

Por Redação

14/06/2023 às 11:59:54 - Atualizado há
Nilton Fukuda

A trajetória de sucesso da empresária Luiza Trajano e sua empresa, a Magalu, têm enfrentado tempos difíceis nos últimos tempos. Com cinco semestres consecutivos sem lucro, a empresa tem visto seu valor de mercado derreter quando comparado aos momentos de glória na Bolsa de Valores do Brasil (B3).

No auge, em 5 de novembro de 2020, as ações da Magalu fecharam o pregão da B3 em R$ 27,4, levando o valor de mercado da empresa a atingir a marca impressionante de R$ 185 bilhões. Porém, na última terça-feira, esses números estavam sete vezes menores.

A cotação das ações da Magalu desvalorizou quase 90% desde o ápice, chegando a R$ 3,76, o que reduziu o valor da empresa para R$ 25 bilhões. A queda totaliza impressionantes R$ 160 bilhões.

Embora Luiza Trajano ainda possua uma fortuna de cerca de US$ 1 bilhão, incluindo 17% das ações da Magalu, seu patrimônio já foi de US$ 5 bilhões em 2021, de acordo com a Forbes.

O desempenho financeiro da empresa pode fornecer uma pista para essa queda. No último trimestre de 2020, quando a Magalu estava no auge na B3, registrou um lucro líquido de R$ 220 milhões. No entanto, no início de 2023, os resultados se tornaram negativos, com um prejuízo de quase R$ 400 milhões.

Apesar dos números preocupantes, o economista Samy Dana acredita na solidez da varejista. Ele destaca que a desvalorização das ações está relacionada a projetos com desempenho abaixo do esperado e ao atual cenário econômico, incluindo o aumento da inflação e a alta taxa de juros que afetam as vendas. Além disso, a Magalu iniciou um modelo focado na venda de produtos de terceiros, um marketplace, que ainda não se consolidou na prática. A empresa ainda depende muito das vendas diretas e algumas aquisições realizadas não foram bem recebidas, como a do Kabum, que muitos consideram cara.

É importante ressaltar que a sequência de resultados negativos da Magalu ocorreu em meio à elevação da taxa básica de juros, a Selic, no Brasil. Diante desse cenário, Luiza Trajano fez um apelo ao presidente do Banco Central por um sinal de corte na alíquota, na esperança de impulsionar a economia. "Por favor, dê um sinal de abaixar esses juros", disse a empresária.

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