Internacional

EUA confirmam envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia em meio à guerra com a Rússia

Forças Armadas dos EUA defendem medida como forma de equilibrar o conflito, enquanto críticos alertam para riscos civis

Por Redação

08/07/2023 às 07:30:00 - Atualizado há
Foto: Oleg Solvang

Nesta sexta-feira (7), os Estados Unidos confirmaram oficialmente que fornecerão à Ucrânia bombas de fragmentação como parte de seu apoio à nação em meio ao conflito com a Rússia. Jake Sullivan, assessor de segurança do governo dos EUA, anunciou que milhares de armas desse tipo serão entregues aos ucranianos.

Embora a medida tenha sido justificada pelas Forças Armadas dos EUA como uma forma de equilibrar o confronto e impedir uma vitória russa, há uma forte oposição ao uso de bombas de fragmentação. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou claramente sua posição contrária a essas armas, devido à sua ampla área de impacto e ao risco de danos não intencionais.

Um dos problemas associados às bombas de fragmentação são suas falhas. Essas armas são projetadas para abrir no ar e dispersar explosivos menores em uma área. No entanto, algumas dessas bombas menores podem não detonar imediatamente, tornando-se artefatos não explodidos que representam um perigo futuro. No passado, a Rússia foi acusada pela Anistia Internacional de usar esse tipo de arma no conflito, mas o governo russo negou as alegações.

Foto: Reprodução

Jake Sullivan enfatizou que a bomba de fragmentação enviada pelos EUA possui uma taxa de falhas relativamente baixa. No entanto, reconheceu que essas munições ainda apresentam riscos para os civis devido aos artefatos explosivos não detonados. Ele argumentou que o avanço russo sobre a Ucrânia e a subjugação de civis ucranianos seriam igualmente inaceitáveis, destacando a necessidade de um equilíbrio no conflito.

Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, algumas munições de fragmentação deixam para trás um número significativo de bombas menores com alta taxa de falha na explosão, chegando a 40% em alguns casos. No entanto, as munições que serão enviadas para a Ucrânia possuem uma taxa de artefatos explosivos não detonados inferior a 3%, reduzindo o potencial de danos civis.

Vale ressaltar que mais de 120 países aderiram a uma convenção que proíbe o uso de bombas de fragmentação, comprometendo-se a não utilizá-las, produzi-las, transferi-las ou armazená-las, além de desativá-las após o uso. No entanto, tanto os EUA quanto a Rússia e a Ucrânia não assinaram esse tratado.

Enquanto os EUA seguem em frente com o envio dessas armas à Ucrânia, a comunidade internacional continua debatendo os riscos e benefícios de seu uso em meio a um conflito tão delicado. O destino dos civis e o impacto humanitário são preocupações essenciais que exigem uma atenção cuidadosa. A evolução desse cenário e seus desdobramentos continuarão sendo monitorados de perto.

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