Agronegócio

USDA prevê aumento da oferta global de carne bovina, impactando o mercado internacional

Produção mundial estimada em 59,6 milhões de toneladas em 2023, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

Por Redação

16/07/2023 às 06:00:00 - Atualizado há
Foto: Envato

Uma nova perspectiva surge no mercado da carne bovina, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção global da proteína está prevista para atingir a marca de 59,6 milhões de toneladas em equivalente de carcaça (TEC) em 2023. Essa estimativa supera as projeções anteriores, que apontavam um total de 59,1 milhões de toneladas, e também ultrapassa a produção do ano passado, que ficou em 59,3 milhões de toneladas.

Além disso, o consumo global também apresenta um aumento, projetado agora em 57,8 milhões de toneladas. Isso representa um acréscimo de quase 400 mil toneladas em relação à estimativa anterior. Vale ressaltar que esse número supera o consumo registrado em 2022, que chegou a 57,5 milhões de toneladas.

Os Estados Unidos permanecem como os maiores produtores mundiais de carne bovina, com uma produção estimada em 12,4 milhões de toneladas. Essa cifra representa um aumento de 100 mil toneladas em relação à previsão anterior. No entanto, é importante ressaltar que a produção americana foi de 12,9 milhões de toneladas no ano passado.

No mercado interno dos EUA, a demanda está estimada em 12,6 milhões de toneladas, um valor ligeiramente inferior às 12,8 milhões de toneladas consumidas em 2022. No relatório de abril, o USDA previa um consumo de 12,4 milhões de toneladas.

Quanto às exportações americanas, espera-se um total de 1,5 milhão de toneladas, o que representa um volume maior do que as 1,4 milhão de toneladas previstas em abril. No entanto, é um número inferior às 1,6 milhão de toneladas exportadas no ano passado.

Enquanto os Estados Unidos lideram a produção mundial, o Brasil mantém a segunda posição, com uma produção estimada em 10,65 milhões de toneladas. Essa cifra representa um aumento de 110 mil toneladas em relação à estimativa anterior e um incremento de 300 mil toneladas em comparação com o total produzido em 2022.

No mercado interno brasileiro, a demanda está prevista em 7,7 milhões de toneladas, superando as 7,6 milhões de toneladas previstas em abril e as 7,5 milhões de toneladas consumidas em 2022.

As exportações brasileiras também apresentam um aumento, passando de 3,01 milhões de toneladas em abril para 3,05 milhões de toneladas agora. No ano passado, o Brasil exportou 2,9 milhões de toneladas, de acordo com os dados do USDA.

A Argentina também deve contribuir para o aumento da oferta global, com uma produção estimada em 3,17 milhões de toneladas. Esse número é superior à previsão anterior de 3 milhões de toneladas e à produção de 3,14 milhões de toneladas em 2022.

Em relação ao consumo interno na Argentina, estima-se que alcance 2,4 milhões de toneladas, superando as 2,2 milhões de toneladas previstas em abril e as 2,3 milhões de toneladas consumidas no ano passado.

No que diz respeito às exportações argentinas, espera-se um total de 820 mil toneladas, um aumento de 25 mil toneladas em relação à previsão de abril. Esse volume é praticamente o mesmo exportado no ano passado (823 mil toneladas).

Por fim, o mercado chinês, maior importador global de carne bovina, prevê a compra de 3,5 milhões de toneladas de outros países para complementar as 7,5 milhões de toneladas produzidas internamente, a fim de atender a uma demanda de 11 milhões de toneladas.

Com essas projeções, o cenário da carne bovina se mostra dinâmico e sujeito a variações. O aumento da oferta global pode impactar o mercado internacional, influenciando os preços e as estratégias dos produtores e exportadores. Acompanhar essas mudanças é fundamental para entender as tendências do setor e se adaptar a um ambiente em constante transformação.

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