Polícia Civil conclui inquérito e indicia servidor público por comércio ilegal de munições e receptação qualificada em Araguaína

A Polícia Civil do Tocantins encerrou uma investigação que desvendou um esquema de comércio ilegal de munições em Araguaína. O inquérito policial concluiu que um servidor público de 51 anos e sua esposa de 38 foram indiciados pelos crimes de comércio ilegal de munições e receptação qualificada.

O delegado-chefe da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (2ª DENARC - Araguaína), José Anchieta de Menezes Filho, explicou que as minuciosas investigações revelaram que o servidor público vendia uma grande quantidade de munições indiscriminadamente, atendendo a qualquer pessoa interessada na compra. Além disso, ele também mantinha uma oficina em sua residência onde comercializava peças de veículos automotores de origem criminosa.

As investigações tiveram início em junho de 2020, quando a 2ª DENARC prendeu um casal por tráfico e posse ilegal de munições. Aprofundando as investigações, os policiais descobriram que o homem preso fazia parte de uma facção criminosa e adquiria munições de um terceiro, que posteriormente foi identificado como o servidor público responsável pelo fornecimento de munições para diversos compradores em Araguaína.

Durante a busca e apreensão na residência do servidor público, foram encontradas mais de 500 munições intactas de diversos calibres, incluindo o calibre .32, o mesmo modelo encontrado com o casal anteriormente preso. Além disso, também foram apreendidos um motor roubado de uma motocicleta e um veículo que pertencia ao autor, mas cujo motor era de origem criminosa.

A investigação revelou que o servidor público e sua esposa estavam envolvidos em um comércio contínuo de munições e peças de veículos automotores, sem conseguir comprovar a origem dos bens apreendidos durante a operação policial.

Diante das evidências, o inquérito foi concluído com o indiciamento do indivíduo pelos crimes de comércio ilegal de munições e receptação, enquanto a companheira foi indiciada pelo crime de comércio ilegal de munições. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual para as medidas legais cabíveis.

O delegado Anchieta ressaltou a importância dos indiciamentos, uma vez que o investigado promoveu a venda indiscriminada de centenas de munições, que podem ter sido utilizadas em diversos crimes, incluindo homicídios, na cidade de Araguaína. Com o encerramento do inquérito, espera-se que os dois autores sejam condenados e responsabilizados pelos crimes cometidos.