Desempenho decepcionante: Ações da Netflix despencam na bolsa americana

Resultados abaixo das expectativas preocupam investidores e afetam outras gigantes de tecnologia

Foto: Getty Images

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O gigante do streaming, Netflix, teve uma queda significativa em suas ações no pregão de quinta-feira (20/7) na Nasdaq, a segunda maior bolsa de valores dos Estados Unidos. Os investidores mostraram-se desanimados com os números apresentados pela empresa em seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre deste ano, levando as ações a recuarem 8,41%.

A má performance da Netflix na bolsa americana acabou afetando também outras big techs, cujas ações também tiveram um desempenho negativo. A Amazon registrou um recuo de 3,88%, a Microsoft perdeu 2,31%, a Alphabet (dona do Google) caiu 2,24% e a Meta (dona do Facebook) teve uma baixa de 4,25%.

Os números apresentados pela Netflix no segundo trimestre indicam um lucro líquido de US$ 1,49 bilhão (aproximadamente R$ 7,1 bilhões), representando um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As receitas da plataforma de streaming somaram US$ 8,18 bilhões em 2023, com um aumento de 2,7% em relação ao ano passado. No entanto, o mercado esperava um resultado mais positivo, estimando um valor de pelo menos US$ 8,3 bilhões.

O número total de assinantes da Netflix aumentou 8%, alcançando a marca de 238,3 milhões, com um acréscimo de 5,89 milhões de novos clientes líquidos.

Contudo, os resultados do segundo trimestre também revelaram uma redução de 3% na receita média por assinante. Esse declínio foi atribuído à oferta de um novo tipo de serviço mais econômico, porém com anúncios, além dos reajustes nos preços de outros pacotes oferecidos pela plataforma.

Para o próximo trimestre, a Netflix projeta um lucro líquido de US$ 1,58 bilhão e receitas de US$ 8,52 bilhões. Nos mercados principais da empresa, os Estados Unidos e o Canadá, o número de assinantes subiu 3,1%, atingindo 75,5 milhões. Na Europa, Oriente Médio e África, o crescimento foi de 9,4%, totalizando 79,8 milhões de assinantes. Já na região da Ásia-Pacífico, houve um aumento de 16,5%, totalizando 40,5 milhões de assinantes.

A América Latina apresentou um avanço de 7,2% no número de assinantes, somando 42,4 milhões, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O mercado está atento às estratégias da empresa para os próximos trimestres, buscando entender os impactos das mudanças em seus serviços e preços, bem como as perspectivas para seu crescimento contínuo no cenário do streaming.

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