Após incêndio que devastou supermercado na região norte de Palmas, falta de limpeza e emissão de laudo geram desconforto e reclamações por parte da comunidade local
Quase um mês após o terrível incêndio que consumiu um supermercado na região norte de Palmas, a comunidade local expressa sua preocupação e descontentamento com a situação de abandono do local. Moradores e comerciantes da área relatam que sujeira, mau cheiro e até a presença de moscas e ratos estão se tornando uma realidade incômoda em torno dos escombros. A situação tem gerado incômodo e levantado questionamentos sobre a demora na limpeza e na emissão de laudos.
As chamas, que eclodiram de forma avassaladora na manhã do dia 29 de julho, devastaram o prédio do supermercado localizado na Arne 51 (404 Norte), na Avenida Palmas Brasil. Desde então, os restos do estabelecimento permanecem praticamente inalterados, e a falta de ação tem levado a sérias consequências. Mercadorias queimadas ainda estão dentro dos escombros, exalando um forte e desagradável mau cheiro. Isso tem atraído moscas e incomodado até estabelecimentos vizinhos, como relata uma comerciante local:
"Os clientes olham ao redor do mercado e perguntam como conseguimos suportar esse cheiro e a presença de moscas. Temos que tomar medidas para minimizar o problema, jogando produtos para afastá-las", desabafa a comerciante.
Marcos Vieira, comerciante próximo ao supermercado incendiado, compartilha a preocupação, salientando que a situação está afetando sua atividade. Ele questiona o motivo pelo qual a situação não foi resolvida até o momento:
"É preciso resolver esse problema. O proprietário não tem culpa disso, ele disse que está aguardando um laudo para iniciar a limpeza. Já vi ratos por aqui", destaca.
O proprietário do supermercado, Denys Cleiton Vieira, explica que a falta de laudos referentes ao incêndio impede a realização da limpeza necessária. Sem a liberação do laudo de segurança da Defesa Civil, a limpeza não pode ser iniciada. Além disso, a necessidade de perícia do seguro também impede o acesso ao prédio.
Tenente coronel Alex Matos, comandante do 1º Batalhão dos Bombeiros, esclarece a importância dos laudos após incêndios. Uma equipe técnica especializada deve avaliar se o prédio precisa ou não de interdição, garantindo a segurança antes de qualquer ação.
A situação envolve diversas esferas, incluindo a prefeitura, que precisa ser informada caso haja a necessidade de demolição do prédio, de acordo com Roger Andrigo, diretor de fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedusr).
Enquanto os trâmites burocráticos se desenrolam, a comunidade local permanece ansiosa por uma solução, e os moradores e comerciantes aguardam uma resolução que coloque fim à sujeira, ao mau cheiro e ao desconforto gerados pela situação pós-incêndio.