Programa Jurisdicional de REDD+ busca beneficiar povos tradicionais através de projetos integrados.
O Tocantins está na vanguarda da busca por soluções sustentáveis que promovam o bem-estar das comunidades tradicionais e a preservação do meio ambiente. Em uma iniciativa inovadora, representantes do governo do estado, incluindo a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e a Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea), se uniram à Embrapa Pesca e Aquicultura para discutir um projeto piloto revolucionário.
O projeto, chamado de "Sistemão", busca criar um modelo integrado de produção de pescado, banana e açaí. O que o torna ainda mais notável é que ele está sendo implantado na Terra Indígena Xerente, demonstrando o compromisso das autoridades em considerar as necessidades e tradições das comunidades locais.
Uma das facetas mais intrigantes desse projeto é a sua integração com o Programa REDD+ Jurisdicional do Tocantins. Este programa visa transformar recursos ambientais em ativos financeiros, reduzir o desmatamento e a degradação, e garantir salvaguardas socioambientais. A ideia é que o projeto "Sistemão" seja contemplado com recursos da venda de crédito de carbono, demonstrando que é possível equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.
Marcela Mataveli, coordenadora do projeto na Embrapa, enfatiza que esse modelo não é apenas sustentável, mas também promove a segurança alimentar das comunidades. "Este é um modelo interessante que pode se tornar rentável e ser ampliado, levando em consideração a realidade local de cada comunidade", explica.
Durante a reunião, as instituições envolvidas alinharam o papel de cada uma no desenvolvimento do projeto. Um acordo de cooperação técnica está em processo de formatação, abrindo caminho para a transferência de informações e tecnologia, bem como o repasse de recursos pela Semarh, referente ao pré-investimento da venda dos créditos de carbono.
A chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz, enfatizou a importância desse esforço conjunto, afirmando que estão "fomentando um arranjo institucional para termos uma união de esforços em prol de soluções para as comunidades tradicionais e indígenas do nosso estado".
O gerente de Planejamento e Captação de Recursos da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), Filipi Holanda, ressaltou a preocupação de entregar um projeto que faça diferença nas vidas das comunidades.
Este é um passo importante para o Tocantins, demonstrando que é possível proteger o meio ambiente e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida das comunidades tradicionais. Com esse projeto pioneiro, o estado abre caminho para um futuro mais sustentável e próspero para todos.