Tocantins

III Marcha das Mulheres Indígenas: Etnias Tocantinenses Unem-se em Defesa da Biodiversidade

Evento promovido pela Anmiga reúne mulheres indígenas do Tocantins para debater direitos e questões cruciais.

Por Redação

09/09/2023 às 08:00:00 - Atualizado há
Foto: Val Rodrigues

A capital federal, Brasília, se prepara para receber um evento de grande relevância: a III Marcha das Mulheres Indígenas. Este encontro, que acontecerá de 11 a 13 de setembro, é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e traz como tema central "Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais".

Um destaque notável é a presença das etnias do Tocantins, que se unem a mulheres indígenas de todo o Brasil nessa mobilização de grande significado. A III Marcha das Mulheres Indígenas representa o principal movimento de mulheres indígenas do país, onde questões cruciais são debatidas e a força da união se faz sentir.

A delegação das mulheres indígenas do Tocantins está sendo organizada pelo Coletivo de Mulheres, parte integrante do Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), com o apoio de diversas entidades. Além das atividades relacionadas à organização do evento, a coordenação da delegação tocantinense planejou um amplo cronograma de atividades.

Este roteiro inclui oficinas sobre salvaguardas e trocas de conhecimentos artesanais, uma fogueira sagrada, audiências públicas com parlamentares e debates sobre economia solidária, soberania, segurança alimentar e desenvolvimento agrícola.

A chegada da maioria das mulheres tocantinenses à capital federal está prevista para este sábado, dia 9. Representando uma variedade de etnias, como Krahô, Krahô-Kanela, Karajá, Xerente, Apinajé, Ava-Canoeiro, Xambioá, Javaé e Pankararu, elas ficarão hospedadas na Tenda das Mulheres do Tocantins, no Centro Cultural Funarte ou nas casas de colaboradoras da Marcha.

Foto: Val Rodrigues

Elisatebe Xerente, membro do Coletivo de Mulheres do Indtins e coordenadora da articulação da Marcha no Estado, enfatiza a importância deste evento como uma oportunidade de fortalecer a luta por direitos por meio do diálogo coletivo. "Estamos marchando até Brasília para ampliar politicamente nossas vozes em questões importantes, como violência, falta de oportunidades, preservação da nossa cultura, insegurança alimentar, meio ambiente e o marco temporal", destaca.

Além da estrutura de acampamento oferecida pela organização, as mulheres tocantinenses serão acolhidas por grupos de mulheres da cidade, em um belo exemplo de sororidade indígena. Essas experiências incluirão momentos de trocas, como oficinas de saberes artesanais e celebrações ao redor da fogueira sagrada.

A programação oficial da delegação tocantinense inclui uma série de atividades educacionais e de debate. No domingo, dia 10, uma oficina sobre salvaguardas e direitos dos povos indígenas será ministrada pelo Instituto Puro Cerrado.

No dia 12, haverá uma audiência pública sobre o Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (Fundo Cerrado), seguida de rodas de conversa sobre economia solidária e o programa Quintais Produtivos nas Aldeias Indígenas.

A programação continua no dia 13 com discussões sobre a agricultura indígena e projetos de universidades indígenas decoloniais UniKrahô.

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