Tocantins

Justiça em Dois Continentes: Captura de Suspeito de Duplo Assassinato nos EUA Alivia Famílias das Vítimas no Brasil

Danilo Sousa Cavalcante, suspeito de homicídio nos Estados Unidos e no Tocantins, é capturado após 14 dias de fuga, trazendo alívio para familiares das vítimas.

Por Redação

13/09/2023 às 11:52:38 - Atualizado há
Foto: Reprodução

A família de Valter Júnior Moreira dos Reis, assassinado em 2017 no interior do Tocantins, finalmente vê um raio de esperança no longo caminho em busca de justiça. A prisão de Danilo Sousa Cavalcante, o suspeito do crime, nos Estados Unidos, após 14 dias de fuga, trouxe alívio e satisfação aos corações aflitos que há muito clamavam por respostas.

Danilo Sousa estava sob custódia nos EUA devido à condenação pelo brutal assassinato de Débora Evangelista Brandão, de 34 anos, em abril de 2021, na cidade de Phoenixville. Esse crime terrível aconteceu na frente dos dois filhos da vítima e chocou a comunidade. Danilo, que tinha um relacionamento com Débora, esfaqueou a vítima e foi detido horas depois do ocorrido. No entanto, em um ousado ato de fuga, ele escapou da prisão em 31 de agosto.

Foto: Reprodução

A notícia de sua recaptura pela polícia da Pensilvânia, nos EUA, foi recebida com grande alívio pela família de Valter Júnior no Tocantins. "Graças a Deus. E não vai sair mais. Esperamos que ele pague pelo que ele fez e que ele fique até cumprir a pena dele e que a segurança da penitenciária que ele conseguiu fugir fique mais forte, de olho para que ele não consiga fugir mais", disse Daiane Moreira dos Reis, irmã da vítima.

A fuga de Danilo Sousa não foi apenas espetacular, mas também aterrorizou a população local. Durante sua escapada, ele invadiu residências, alterou sua aparência, roubou um carro e até trocou tiros com um morador. O condado de Chester, na Pensilvânia, viveu momentos de medo durante essas duas semanas de fuga.

No Tocantins, a família de Valter Júnior acompanhava a situação com ansiedade e aflição. O assassinato do estudante ocorreu em novembro de 2017, em Figueirópolis, no sul do estado, devido a uma disputa sobre o conserto de um carro. A lentidão da Justiça em trazer respostas e a primeira audiência do caso ser marcada apenas na semana passada agravaram a dor da mãe e das irmãs de Valter Júnior, que vivem com o sentimento de impunidade.

O laudo da perícia realizado na época do crime revelou que Danilo continuou atirando mesmo após a vítima já estar caída e quase morta. "Queremos justiça aqui no Tocantins. A Justiça está muito lenta", lamentou a irmã.

O assassinato de Valter Júnior, que ocorreu na frente de uma lanchonete em Figueirópolis, marcou a comunidade. Ele foi atingido por seis tiros, sofrendo múltiplas perfurações. O motivo apontado para o crime foi uma dívida que Valter Júnior tinha com Danilo pelo conserto de um veículo. Eles eram considerados amigos, e a vítima não acreditava que as ameaças se tornariam realidade.

O inquérito do caso foi concluído pela Polícia Civil menos de uma semana após o assassinato, com várias testemunhas identificando Danilo Sousa como o autor do crime. Uma semana após o homicídio, um pedido de prisão, solicitado pelo Ministério Público Estadual, foi acatado pela Justiça, tornando Danilo um foragido no Brasil.

Em janeiro de 2018, mesmo sendo considerado foragido, Danilo conseguiu embarcar para os Estados Unidos pelo aeroporto de Brasília (DF), uma vez que o mandado de prisão do processo, que tramitava no Fórum de Gurupi, no sul do Tocantins, ainda não havia sido registrado no banco nacional de mandados. A informação sobre o crime estava disponível apenas para as autoridades tocantinenses.

Foto: Reprodução

A condenação de Danilo nos Estados Unidos ocorreu uma semana antes de sua fuga da prisão no Condado de Chester, em West Chester. Débora Brandão, ex-companheira de Danilo, foi vítima de 38 facadas na frente de seus dois filhos em um terrível ato de violência que abalou a família e a comunidade.

A tristeza causada pelo assassinato de Débora continua a afetar sua família, que até hoje sente um vazio profundo. Os filhos da vítima, que tinham apenas 4 e 7 anos na época do crime, agora são cuidados por outra irmã de Débora, Sara Brandão, nos Estados Unidos. A família aguarda por justiça em ambos os casos, buscando o fim da impunidade e a esperança de que a lei prevaleça.

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