A proposta ainda pode sofrer alterações porque falta os deputados votarem os destaques
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10), por 304 votos a favor e 133 contra, uma nova reforma trabalhista. A proposta ainda pode sofrer alterações porque falta os deputados votarem os destaques. Depois, será encaminhada ao Senado. O deputado Cristino Aureo (PP-RJ), relator da MP (Medida Provisória) que permitiu a redução de jornadas e salários durante a crise, apresentou um novo relatório pouco antes de submetê-lo à votação no plenário. Ele recebeu críticas de parlamentares da oposição por promover, sem discussão, mudanças permanentes nas leis trabalhistas (CLT), cuja vigência se dará além do período da pandemia.
As principais mudanças que a reforma promove são:
1) Cria uma modalidade de trabalho sem direito a férias, 13º salário e FGTS
2) Cria uma modalidade de trabalho, sem carteira assinada e sem direitos trabalhistas e previdenciários; trabalhador recebe uma bolsa e vale-transporte
3) cria programa de incentivo ao primeiro emprego (Priore) para jovens e de estímulo à contratação de maiores de 55 anos desempregados há mais de 12 meses; empregado recebe um bônus no salário, mas seu FGTS é menor
4) Reduz o pagamento de horas extras para algumas categorias profissionais, como bancários, jornalistas e operadores de telemarketing
5) Aumenta o limite da jornada de trabalho de mineiros
6) Restringe o acesso à Justiça gratuita em geral, não apenas na esfera trabalhista
7) Proíbe juízes de anular pontos de acordos extrajudiciais firmados entre empresas e empregados 8) Dificulta a fiscalização trabalhista, inclusive para casos de trabalho análogo ao escravo