Opinião Secas

Monitor de Secas aponta abrandamento em GO e DF livre de seca em janeiro

Na comparação entre dezembro e janeiro, áreas com seca recuaram em Goiás e Mato Grosso. Enquanto o Distrito Federal não teve registro do fenômeno, Mato Grosso do Sul segue há 1 ano e 7 meses com seca em 100% de seu território

Por GG Notícias

22/02/2022 às 09:09:00 - Atualizado há

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em janeiro, o abrandamento da seca em Goiás e Mato Grosso, enquanto o Distrito Federal se manteve livre do fenômeno. No sentido oposto, Mato Grosso do Sul teve uma intensificação da seca no último mês. As áreas com o fenômeno recuaram em Goiás e Mato Grosso e ficaram estáveis em Mato Grosso do Sul (100% do estado).


Assim como em dezembro, o Distrito Federal se manteve com 100% de seu território livre de seca – condição semelhante à do Espírito Santo e do Maranhão entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor. Por isso, não houve variação de área e da severidade do fenômeno, que não foi registrado nos últimos dois meses.


Em Goiás, entre dezembro e janeiro, a área com seca moderada recuou no estado, passando de 17% para 13% do território. Também houve uma redução da seca fraca de 14% para 10% de Goiás, especialmente no nordeste, por conta das chuvas acima da média. A situação do fenômeno em janeiro foi a mais branda no estado deste julho de 2021, quando foi registrada uma seca extrema em 10% do território goiano – ante os 14% observados em janeiro deste ano. Com 243,7 mil km² com seca, Goiás só fica atrás de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo em termos de área total com o fenômeno.


Mato Grosso registrou o recuo da área com seca moderada no estado, passando de 14% para 12% do território em janeiro. Também aconteceu a redução da área com seca fraca de 22% para 14% de MT sobretudo na região central. Esta é a condição mais branda do fenômeno desde agosto de 2021, quando o estado registrou 4% de seca extrema ante os 5% de janeiro deste ano. Em termos de área total com o fenômeno, Mato Grosso teve um recuo de 51% para 40% entre dezembro e janeiro, menor território com seca desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em junho de 2021. Considerando a área de 365 mil km² com a presença do fenômeno, MT teve a maior porção total com seca em janeiro entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor.


No caso de Mato Grosso do Sul, em janeiro 100% do território do estado registrou seca, condição verificada consecutivamente há 1 ano e 7 meses, desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020, o que representa a maior sequência entre as 21 unidades da Federação acompanhadas. Em janeiro a área com seca extrema avançou de 16% para 19% do estado, sobretudo no sudoeste, aumentando a severidade do fenômeno no estado, que tem a situação mais intensa do Centro-Oeste. Além disso, houve a permanência de 4% do estado com seca excepcional em relação a dezembro, que é a mais severa na escala do Monitor. Em termos de área total com seca, Mato Grosso do Sul teve o fenômeno em seus 357 mil km², ficando atrás apenas de Mato Grosso.

Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca: 98%. No Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste houve um recuo do fenômeno respectivamente de 68% para 60%, de 43% para 34% e de 64% para 54%. Com isso, o Nordeste foi a região com menor percentual de território com seca em janeiro.

Entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, dez estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Tocantins. Tanto no Espírito Santo quanto no Maranhão o fenômeno deixou de ser registrado, situação do Distrito Federal desde dezembro. No sentido oposto, os três estados da região Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – tiveram uma intensificação da seca juntamente com Mato Grosso do Sul. Em outros quatro estados, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe.


Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em janeiro aconteceu no Sudeste, que registrou 6% de seca excepcional, a mais severa da escala do Monitor, apesar da melhora das condições em comparação a dezembro. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de janeiro com 1% de seca excepcional e 10% de seca extrema. No Sul houve um agravamento do quadro, mas ainda registra uma severidade menor que o Sudeste e o Centro-Oeste com 7% de seca extrema. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou excepcional no período.


Entre dezembro e janeiro, o único estado que registrou aumento da área com seca foi Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em 12 estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos casos do Espírito Santo e Maranhão o fenômeno desapareceu. Nas outras oito unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Distrito Federal (que permaneceu livre do fenômeno), Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.


Cinco estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em janeiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Maranhão. Os demais 13 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 17,3% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.


Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 2,6 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 10º maior do mundo, superando os 2,3 milhões de km² da Argélia.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.


O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.


Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.



O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação são as seguintes:


  • DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);
  • GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);
  • MATO GROSSO: Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso (SUPDEC) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA);
  • MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).


A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.


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