Saúde Depressão a doença do século

Depressão: sintomas, causas, tratamento e tem cura?

Saiba sobre a doença que aumenta a cada dia mais na população mundial

Por Redação

16/03/2022 às 05:41:00 - Atualizado há
A depressão; doença do século?

O que é Depressão?

A depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica crônica que tem como sintomas tristeza profunda, perda de interesse, ausência de ânimo e oscilações de humor. Muitas vezes é confundida com ansiedade e pode levar a pensamentos suicidas. Assim, é essencial diagnosticar a doença e iniciar acompanhamento médico.

A doença mental atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença.

Diferença entre tristeza e depressão

Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, em que a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias.

Por sua vez, a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve (CID 10 F33.0), moderada (CID 10 - F33.1) e grave (CID F33.2).

A depressão em nível leve geralmente pode ser controlada sem medicamentos, sendo tratada com terapia e exercícios físicos, por exemplo.

Já os níveis moderado e grave têm o auxílio de medicamentos para amenizar os sintomas da depressão, além da terapia e outras opções para melhorar a qualidade de vida do paciente, prescritas por psicólogos e psiquiatras.

Diferença entre ansiedade e depressão

A ansiedade é uma sensação desagradável, inquietação, sensação de pressa, urgência. De acordo com a psicóloga Luciana Kotaka, ela pode ser um distúrbio quando ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais da pessoa.

Já depressão, por outro lado, é uma doença do organismo como um todo, comprometendo o físico, o humor e o pensamento, explica a especialista . Nessa condição forma de ver e sentir a realidade são alteradas, modificando as emoções, a disposição, a alimentação, sono, até mesmo como se sente em relação a si mesmo.

Teste de depressão

O diagnóstico da depressão deve ser feito por um especialista. Entretanto, é possível reconhecer alguns sintomas em si mesmo, para saber se está na hora de buscar ajuda médica.

Sintomas de Depressão

Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas abaixo. Ao perceber os sintomas, procure um médico.

Se houver dúvida, procure um especialista para ter um diagnóstico e tratamento corretos. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois esses profissionais irão se basear nestes dados para prescreverem o melhor tratamento e, a partir daí, você voltará a ter qualidade de vida, com alegria e bem-estar.

Emocionais

  • Apatia
  • Falta de motivação
  • Medos que antes não existiam
  • Dificuldade de concentração
  • Perda ou aumento de apetite
  • Alto grau de pessimismo
  • Indecisão
  • Insegurança
  • Insônia
  • Falta de vontade de fazer atividades antes prazerosas
  • Sensação de vazio
  • Irritabilidade
  • Raciocínio mais lento
  • Esquecimento
  • Ansiedade
  • Angústia
  • Vontade de morrer

Físicos

Além dos sintomas emocionais, a depressão também dá sinais físicos. Entre eles:

  • Dores de barriga
  • Má digestão
  • Azia
  • Constipação
  • Flatulência
  • Tensão na nuca e nos ombros
  • Dores de cabeça
  • Dores no corpo
  • Pressão no peito
  • Queda da imunidade

Depressão é doença?

A depressão envolve uma ampla família de doenças, por isso é denominada como síndrome e, então, classificada como doença psiquiátrica crônica.

Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.

O que provoca a depressão?

Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão, considerada por muitos como o "Mal do Século".

Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

Fatores de risco

Alguns fatores podem facilitar o aparecimento dessa patologia. Veja aqui os gatilhos mais comuns da depressão:

  • Abuso: Sofrer abuso físico, sexual ou emocional pode aumentar a vulnerabilidade psicológica, agravando as chances de desenvolver a depressão.
  • Medicações específicas: Alguns elementos químicos, como a Isotretinoína (usada para tratar a acne), o antiviral interferon alfa, e o uso de corticóides, podem aumentar o risco de desenvolver depressão.
  • Conflitos: A depressão em alguém que já tem predisposição genética para a doença, pode ser resultado de conflitos pessoais ou disputas com membros da família e amigos.
    • Morte ou perda: A tristeza ou luto proveniente da morte ou perda de uma pessoa amada, por mais que natural, pode aumentar os riscos de desenvolver depressão
    • Genética: Um histórico familiar de depressão pode aumentar as chances de desenvolver a doença. Contudo, é de conhecimento científico que a depressão é complexa, o que significa que pode haver diversos genes que exercem pequenos efeitos para o surgimento da doença, ao invés de um único gene que contribui para o quadro clínico.
  • Eventos grandiosos: Eventos negativos, como ficar desempregado, divorciar-se ou se aposentar, podem ser prejudiciais. Porém, até mesmo eventos positivos, como começar um novo emprego, formar-se ou se casar, podem ocasionar a depressão. Entretanto, é importante reiterar que a depressão não é apenas uma simples resposta frente a momentos estressantes do cotidiano, mas algo mais persistente.
  • Problemas pessoais: Problemas como o isolamento, causado por doenças mentais, ou por ser expulso da família e de grupos sociais, também podem contribuir para o surgimento da depressão, assim como baixa autoestima.
  • Doenças graves: Às vezes, a depressão pode coexistir com uma grande doença, como por exemplo, o câncer. Ou, então, pode ser estimulada pelo surgimento de um problema de saúde.
  • Abuso de substâncias: Aproximadamente 30% das pessoas com vícios em substâncias apresentam depressão clínica ou profunda, como álcool, cigarro, remédios e drogas ilícitas.
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