Quando o assunto é gravidez indesejada, sempre surgem inúmeras dúvidas e medos e a pílula do dia seguinte acaba sendo a aliada de muitas mulheres. Porém, é preciso tomar cuidado e saber exatamente quando e como usá-la. Por isso, a ginecologista Erica Mantelli tirou algumas dúvidas dos nossos leitores
Em teoria, sim. Mas é preciso tomar alguns cuidados. "Meninas mais jovens, que apresentam um ciclo menstrual mais irregular, podem ter mais efeitos colaterais", explica Erica.
"Dentre os principais, estão náuseas, vômito, dor de cabeça, irregularidade menstrual, retenção de líquido, alterações do humor", comenta a ginecologista. "Além disso, a menstruação pode tanto vir antes do período esperado quando atrasar e o fluxo de sangue também pode se alterar".
Ela pode atuar de diversas formas e tudo vai depender do momento do ciclo que a mulher está. "No caso de mulheres que ainda não ovularam, a pílula atrasa a ovulação, dificultando a gestação", diz Erica. "Ela pode também modificar o muco cervical, deixando mais difícil para o espermatozoide poder ultrapassar. Outra coisa que pode ocorrer é a pílula alterar a camada interna do útero, deixando o endométrio menos receptivo para o espermatozoide".
Porém, vale lembrar que todas essas reações são para impedir a ovulação ou atrapalhar a chegada do espermatozoide. A pílula não é um método abortivo.
Sim! A médica recomenda que ela seja tomada no máximo uma vez por ano ou no intervalo de seis meses. "Mulheres que usam com muita frequência, além de prejudicar o próprio organismo por conta do excesso de hormônio, têm a chance de ver a pílula falhar quando utilizada muitas vezes", explica.
É muito importante ressaltar que esse método só é recomendado quando houver relação sexual desprotegida ou o preservativo estourar, por exemplo.