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Instituto Adolfo Lutz investiga terceira morte suspeita de febre maculosa em São Paulo

Doença transmitida por carrapatos causa preocupação no estado e resulta em óbitos

Por Redação

13/06/2023 às 20:00:00 - Atualizado há
Reprodução/Instagram

O Instituto Adolfo Lutz está investigando mais um caso de morte suspeita por febre maculosa no estado de São Paulo, levantando preocupações sobre a transmissão dessa doença transmitida por carrapatos. Na terça-feira (12), foi confirmado que a dentista Mariana Giordano, de 36 anos, faleceu em decorrência da doença. As amostras do namorado dela, o piloto Douglas Costa, de 42 anos, e de uma jovem de 28 anos estão sendo analisadas pelo Instituto.

Mariana e Douglas haviam visitado duas áreas rurais em Campinas, no interior do estado, além de Monte Verde, em Minas Gerais. Ambos começaram a apresentar sintomas de febre, manchas avermelhadas pelo corpo e dores no dia 3 de junho e faleceram cinco dias depois.

Segundo a Prefeitura de Campinas, a terceira vítima é uma jovem de 28 anos que participou de um evento realizado na Fazenda Margarida, na região rural da cidade, no dia 27 de maio, o mesmo local visitado pelo casal. Andrea Von Zuben, diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, afirmou que os sintomas dos três casos são compatíveis com a febre maculosa brasileira, indicando uma possível relação com o evento e o local.

A Secretaria estadual da Saúde informou que as amostras da mulher residente em Hortolândia devem chegar ao Instituto Adolfo Lutz nesta terça-feira (13) para a realização dos testes. A expectativa é obter mais informações sobre esses casos suspeitos.

A Prefeitura de Campinas também destacou que o local onde ocorreram as três contaminações será autuado. Os organizadores dos eventos realizados na Fazenda Margarida serão notificados por não terem colocado placas alertando sobre o risco de febre maculosa, conforme exigido. A medida visa garantir a segurança dos frequentadores e orientá-los a procurar assistência médica caso apresentem febre nos próximos 15 dias.

Foto: Reprodução

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida pela picada de carrapatos. Ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. São encontradas no estado de São Paulo duas espécies da bactéria causadora da doença.

Embora a doença seja mais comum em áreas rurais, houve registros de casos no interior do estado a partir da década de 1980, principalmente nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis e no litoral. Campinas e Piracicaba são os municípios com o maior número de casos registrados atualmente.

Em 2023, foram registrados 9 casos e 3 óbitos por febre maculosa em São Paulo. A doença é potencialmente letal e requer atendimento médico rápido para o recebimento de um antibiótico específico.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta as pessoas que vivem ou visitam áreas de transmissão para ficarem atentas aos primeiros sinais de febre e procurarem assistência médica caso tenham estado nessas regiões, a fim de iniciar um tratamento precoce e evitar complicações.

O Ministério da Saúde está em contato com os órgãos responsáveis pela vigilância epidemiológica em São Paulo para acompanhar as investigações do caso. A pasta também está distribuindo antimicrobianos para o tratamento da febre maculosa aos estados e promovendo ações de capacitação e divulgação de diretrizes técnicas para o manejo clínico e ambiental da doença.

É importante destacar que a febre maculosa apresentou um aumento no número de casos no país nos últimos anos, com 48 óbitos registrados em 2023. A conscientização e a adoção de medidas de prevenção são fundamentais para evitar a propagação dessa doença grave.

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