Ativistas ambientalistas causam danos permanentes à estátua histórica no Vaticano: Justiça condena os responsáveis

Um ato irresponsável de ativistas ambientalistas resultou em danos permanentes à icônica estátua histórica de Lacoonte, localizada no Vaticano. Guido Viero e Ester Goffi foram os responsáveis por essa ação lamentável, que ocorreu em 2022 e, recentemente, foram condenados pela Justiça do Vaticano.

Ao se prenderem com cola no pedestal da obra, os ativistas causaram estragos irreparáveis na estátua de Lacoonte, um tesouro da arte e da história. Como consequência desse ato de vandalismo, a dupla foi condenada a nove meses de prisão em liberdade condicional, além de serem obrigados a pagar uma multa de €30 mil (quase R$160 mil). Laura Zorzini, que filmou o ocorrido, também recebeu uma multa de 120 euros (R$629).

A estátua de Lacoonte, esculpida no século I a.C., foi descoberta em Roma no ano de 1506. Essa obra histórica retrata um sacerdote troiano e seus filhos lutando contra serpentes marinhas em um momento de ataque. O valor artístico e cultural dessa estátua é imensurável, tornando os danos causados por essa ação vandalista ainda mais devastadores.

A advogada Floriana Gigli, representante do Estado do Vaticano, afirmou que os condenados foram responsáveis por "danos inestimáveis" a um patrimônio histórico e artístico. Ela ressaltou que os ativistas estavam cientes das consequências que seu ato poderia acarretar, pois optaram por colar as mãos na base da estátua, uma área mais delicada e vulnerável.

Durante uma audiência anterior à condenação, a dupla negou qualquer intenção de causar danos à estátua. Ester alegou ter utilizado um solvente durante a ação, mas as autoridades do Vaticano afirmaram que foi necessário utilizar uma substância à base de acetona para desprendê-los.

Os ativistas ambientalistas argumentam que a acusação de vandalismo contra a estátua do Vaticano é "desproporcional e absurda". Segundo eles, o Vaticano, como uma das últimas monarquias absolutistas do mundo, demonstra hipocrisia ao proferir esse veredito.

Apesar das alegações dos ativistas, a condenação pela Justiça do Vaticano reforça a importância de preservar e proteger o patrimônio histórico e cultural da humanidade. Atos de vandalismo como esse não apenas causam danos irreversíveis a obras de arte valiosas, mas também desrespeitam a história e o legado deixado por nossos antepassados.

É fundamental que todos reconheçam a responsabilidade de preservar e apreciar nosso patrimônio comum. Ações individuais irresponsáveis não podem ser justificadas em nome de qualquer causa, por mais nobre que possa parecer. A arte e a história pertencem a todos nós e merecem ser protegidas para as gerações futuras.