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Primeira assassina da 'Família Manson' poderá ser libertada: Conheça a história de Leslie Van Houten

Após 53 anos de prisão, Leslie Van Houten, membro da seita liderada por Charles Manson, pode ser solta sob liberdade condicional

Por Redação

11/07/2023 às 13:22:53 - Atualizado há
Foto: AP

A história chocante da "Família Manson" ganha mais um capítulo marcante com a possibilidade de libertação de Leslie Van Houten, a primeira mulher a integrar o infame grupo liderado pelo criminoso Charles Manson. Leslie, hoje com 73 anos, foi condenada à prisão perpétua por seu envolvimento em um dos crimes mais brutais da época. Agora, após passar 53 anos atrás das grades, ela poderá ser a primeira membro da "família" a ser libertada sob liberdade condicional.

Em 1969, aos 19 anos, Leslie Van Houten participou de um assassinato brutal. Ela esfaqueou Rosemary LaBianca cerca de 15 vezes na barriga. A vítima, uma mulher de 38 anos, foi alvo da violência desmedida do grupo liderado por Charles Manson. Na época, Manson exercia uma influência manipuladora sobre seus seguidores, a quem ele chamava de "família". Juntos, eles cometeram uma série de crimes e assassinatos, alimentados por ideias distorcidas, como a crença em uma "guerra racial" e uma visão apocalíptica do mundo.

Leslie Van Houten foi julgada pela primeira vez em 1971, e durante o processo ela admitiu ter esfaqueado Rosemary LaBianca várias vezes. Ela limpou as evidências que poderiam incriminá-la, queimou suas próprias roupas e até pegou comida da geladeira da vítima antes de deixar a casa do casal LaBianca. Condenada à prisão perpétua, Leslie passou décadas atrás das grades, mas agora pode estar próxima da liberdade condicional.

Foto: George Brich

A Suprema Corte da Justiça da Califórnia determinou que Leslie Van Houten atende às condições necessárias para ser considerada para a liberdade condicional. O governador do estado, Gavin Newsom, tinha a opção de reverter essa decisão, mas optou por não fazê-lo, mesmo expressando seu desacordo com a decisão judicial. Em comunicado, o governador ressaltou que as famílias das vítimas ainda sentem o impacto dos brutais assassinatos cometidos pelo culto de Manson.

A juíza Helen I. Bendix, da Justiça da Califórnia, enfatizou em sua decisão que Leslie Van Houten demonstrou esforços extraordinários de reabilitação, arrependimento, planos realistas de liberdade condicional e conta com o apoio da família, amigos e relatórios institucionais favoráveis.

Leslie Van Houten já expressou arrependimento por sua participação nos assassinatos. Ela alega que na época dos crimes sofria de problemas mentais agravados pelo uso de LSD, acreditando que Charles Manson era Jesus Cristo.

Foto: Stan Lim

Charles Manson, o líder psicopata da "Família Manson", faleceu na prisão em 2017, mas deixou um legado sombrio na história dos crimes americanos. Manson foi condenado à pena de morte em 1971, que posteriormente foi comutada para prisão perpétua, juntamente com outros quatro membros do grupo, pelo sangrento massacre de agosto de 1969, no qual sete pessoas perderam a vida.

Uma das vítimas desse massacre foi Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e meio na época.

Manson, apresentado durante seu julgamento como um louco solitário com poderes de persuasão impressionantes, ordenou que seus seguidores matassem indiscriminadamente moradores de bairros brancos e elegantes de Los Angeles, com a esperança de iniciar uma guerra racial que ele acreditava que os brancos venceriam.

Foto: Reprodução

O caso de Leslie Van Houten e seus crimes brutais contra o casal LaBianca chocaram o mundo na época. Agora, com a possibilidade de sua libertação sob liberdade condicional, a história da "Família Manson" ganha um novo capítulo controverso.

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