Acusações de Estupro: Juiz Mantém Prisão de Médico e Cita Novas Denúncias de Vítimas
Paulo Rodrigues do Amaral continua atrás das grades após acusações de abuso sexual e denúncias adicionais emergirem contra ele
A saga legal em torno do médico Paulo Rodrigues do Amaral, de 61 anos, ganha um novo capítulo com a decisão do juiz Marcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, de manter a prisão do profissional médico. Amaral, que está detido na Unidade Penal de Palmas desde 21 de julho deste ano, é acusado de abusar sexualmente de múltiplas pacientes. Essa decisão acontece após o médico ter sido preso pela segunda vez, com o juiz citando a existência de novas denúncias de vítimas.
A defesa de Amaral buscava liberdade provisória alegando problemas de saúde mental derivados de sua detenção, incluindo ansiedade, depressão, angústia e irritabilidade. No entanto, o juiz rejeitou o pedido, destacando que, após a segunda prisão, surgiram mais vítimas relatando o mesmo modus operandi do médico. O juiz enfatizou que a existência de provas indicando materialidade e autoria dos crimes alegados, incluindo casos de estupro de vulnerável, justifica a continuação da prisão.
O magistrado declarou: "Isso porque, há indícios de provas da materialidade e autoria do requerente quanto aos delitos praticados em relação a diversas vítimas. Além daquelas que já constam na denúncia da ação penal em tramitação, após a sua prisão, surgiram novas vítimas relatando o mesmo modus operandi, inclusive relato de estupro de vulnerável, situação, que por si só, preenche o requisito cautelar."
Quanto às preocupações de saúde do médico, o juiz esclareceu que a Junta Médica do Tribunal de Justiça irá realizar uma avaliação para determinar o estado real da saúde mental de Amaral.
A defesa do médico, questionada sobre a decisão do juiz, optou por não comentar, atendendo ao pedido da família de Paulo. As acusações contra Amaral incluem pelo menos três ações penais e alegações de crimes cometidos durante exames médicos em pacientes. Embora tenha sido preso em fevereiro, a primeira prisão foi revogada em março, impedindo-o de exercer a profissão. No entanto, uma reformulação da decisão resultou em um novo mandado de prisão em julho. Atualmente, o médico permanece detido na Unidade Prisional de Palmas, enquanto as acusações e a batalha legal continuam.