Fuga em Mossoró: Forças de Segurança Fracassam nas Buscas um Mês Após a Fuga

Crise expõe fragilidades do sistema prisional federal e desafia Ministro da Justiça; mesmo com esforço conjunto, fugitivos do Comando Vermelho permanecem foragidos.

Foto: PF

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Um mês se passou desde a fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, marcando a primeira evasão na história das prisões federais brasileiras. No entanto, as forças de segurança ainda não conseguiram capturar os fugitivos Deibson Cabral e Rogério da Silva, ligados ao Comando Vermelho (CV) do Acre. Mesmo com um considerável esforço empreendido pelas autoridades locais e federais, incluindo a mobilização da Força Nacional de Segurança, os criminosos conseguem escapar dos pretensos captores, continuando a despistar as equipes diariamente.

A fuga e a subsequente busca por Deibson e Rogério destacaram fragilidades no sistema prisional federal, expondo questões como o sucateamento das penitenciárias, a falta de muralhas e a deficiência no funcionamento das câmeras de monitoramento. A crise resultou em uma investigação interna que apontou possíveis facilitadores dentro do presídio, além de revelar irregularidades na contratação de empresas responsáveis pela reforma da prisão.

Foto: Depen/ MJSP

Enquanto o novo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, enfrenta seu primeiro grande desafio no cargo, tenta manter um discurso positivo sobre a operação em curso. Apesar da ausência de resultados concretos, Lewandowski ressaltou a "exitosidade" da operação em manter os fugitivos dentro de um perímetro conhecido. Ele enfatizou também a inédita integração entre as polícias federal, estaduais e municipais.

No entanto, a persistência da fuga revela a complexidade do desafio enfrentado pelas autoridades. Os fugitivos, auxiliados por uma organização criminosa, têm deixado rastros e utilizado recursos locais para se manterem ocultos, demonstrando uma estratégia bem elaborada. A operação, composta por cerca de 500 agentes, continua dividida entre investigações e buscas em campo, enquanto o custo elevado da força-tarefa é justificado como necessário para garantir a segurança da população local.

A incerteza quanto ao desfecho da situação permanece, alimentando preocupações sobre a eficácia do sistema prisional e a capacidade do governo em enfrentar desafios significativos no campo da segurança pública.

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