O Brasil enfrenta uma situação preocupante com o aumento significativo de casos de dengue em 2024, aproximando-se da marca de 2 milhões de casos prováveis da doença. De acordo com os dados atualizados nesta quarta-feira (20/3) pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o país já registrou 1.978.372 diagnósticos da doença neste ano. Além disso, foram reportados 656 óbitos por dengue, com outros 1.025 casos ainda sob investigação.
O coeficiente de incidência da doença no país é alarmante, atingindo a marca de 974,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes. Esse volume de casos em 2024 é considerado anormal em comparação com as últimas décadas, chegando a superar recordes anteriores.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, relaciona o aumento expressivo de casos a fatores como mudanças climáticas e a circulação de múltiplos sorotipos do vírus da dengue. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma ameaça à saúde pública e exige medidas eficazes de prevenção.
Para diminuir a proliferação do vetor da dengue, o Ministério da Saúde orienta a população a seguir algumas instruções simples, tais como manter a caixa-d"água bem fechada, receber adequadamente os agentes de saúde, amarrar os sacos de lixo corretamente, utilizar areia nos vasos de plantas, guardar pneus em locais cobertos, limpar regularmente as calhas das residências e evitar o acúmulo de sucata e entulho.
Além das medidas preventivas, o Ministério da Saúde tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue em municípios selecionados, destinadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas. As doses foram enviadas para diversas unidades federativas, incluindo Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.