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Perfil de Roberto Jefferson no Twitter sai do ar

Rede social mostra mensagem que diz que 'conta não existe'. Ex-deputado foi preso na manhã desta sexta (13). Ex-deputado federal Roberto JeffersonTV Globo/ReproduçãoO perfil

Por Reprodução G1

13/08/2021 às 13:34:35 - Atualizado hĂĄ
Rede social mostra mensagem que diz que 'conta não existe'. Ex-deputado foi preso na manhã desta sexta (13). Ex-deputado federal Roberto Jefferson

A PolĂ­cia Federal cumpriu nesta manhã um mandado de prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar), autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida estĂĄ relacionada com o inquérito da milĂ­cia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocrĂĄticos.

Em sua decisão, Moraes determinou busca e apreensão de armas e munições de propriedade de Roberto Jefferson, de seus "computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos", além do bloqueio do perfil do ex-deputado na rede social.

Para justificar a determinação, Moraes indicou que o ex-deputado publicava "vĂ­deos e declarações, onde exibe armas, faz discursos de ódio, homofóbicos e incentiva a violĂȘncia, além de manifestar-se, frontalmente, contra a democracia".

"Determino o bloqueio das contas em redes sociais (Twitter), necessĂĄrio para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrĂĄrio às instituições democrĂĄticas e às eleições", escreveu o ministro.

O G1 entrou em contato com o Twitter para saber se o perfil foi removido pela própria plataforma, mas não obteve retorno até a Ășltima atualização desta reportagem.

Pouco antes de ser preso, Jefferson fez novos posts em seu perfil afirmando que policiais fizeram buscas em casas de parentes.

"A PolĂ­cia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice", escreveu o ex-deputado.

VÍDEO: preso, Roberto Jefferson é conduzido em viatura da PolĂ­cia Federal

MilĂ­cia digital

O inquérito investiga a organização e o funcionamento de uma milĂ­cia digital voltada a ataques à democracia foi aberto em julho, por decisão de Moraes.

Nessa investigação, a PF apura indĂ­cios e provas que apontam para a existĂȘncia de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrĂĄtico de direito.

Essa organização se dividiria em nĂșcleos: de produção, de publicação, de financiamento e polĂ­tico. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pĂșblica.

Entre os nomes citados pela PF em um pedido para acessar quebras de sigilo, estão os assessores da PresidĂȘncia da RepĂșblica acusados de integrar o chamado "gabinete do ódio", que seria encarregado de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da famĂ­lia do presidente Bolsonaro e adversĂĄrios do governo.

Roberto Jefferson

O ex-deputado Roberto Jefferson foi o pivô do escândalo do mensalão, em 2005. Foi a partir de uma entrevista dele ao jornal "Folha de S. Paulo" que o paĂ­s tomou conhecimento das denĂșncias de que o governo do então presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva passava dinheiro a deputados da base.

Em novembro de 2012, no julgamento do mensalão no STF, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Nos Ășltimos anos, jĂĄ sem mandato parlamentar, Jefferson se aproximou do presidente Jair Bolsonaro. Em suas redes sociais, começou a postar fotos com armas. O armamento da população é uma das principais causas do presidente.
Fonte: G1
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