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Fóssil de dinossauro com mais de 100 milhões de anos é encontrado no Brasil

Por GG Noticias

13/10/2022 às 15:03:00 - Atualizado há

Um achado e tanto para a paleontologia brasileira! Fósseis de um dinossauro com aproximadamente 100 milhões de anos, encontrados na cidade de Davinópolis, no Maranhão, já são considerados um dos mais antigos e importantes do nosso país.

Do tipo Saurópode, o dinossauro se caracteriza por ter pescoço longo, cabeça pequena, e ser herbívoro. Alguns deles podiam atingir até oito metros de altura, 20 metros de comprimento e pesar 40 toneladas.

Os fósseis foram encontrados em 2021 e estavam guardados até esta semana para estudos aprofundados. Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, os ossos indicam um animal com 18 metros de comprimento. Um gigante!

Achado importante

O paletontólogo Elver Luiz Mayer, que coordena a pesquisa na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), disse que ainda é preciso mais estudos para entender melhor sobre o grande dinossauro, mas garante que o achado é muito importante para o Brasil.

O próximo passo é ter a certeza da espécie do dinossauro, que tem características de Titanossauro, um dos maiores dinossauros já conhecidos e que teria vivido durante o período Cretáceo.

"Ainda não sabemos a espécie do dinossauro, pois esse tipo de análise só pode ser feita após a preparação dos fósseis (remoção de camadas da rocha que está nos fósseis, remontagem de fragmentos, numeração dos fósseis etc). Sem poder observar os detalhes da anatomia não podemos fazer análises definitivas", conta Luiz Mayer.

Pesquisas

Logo após ser encontrado, o fóssil de dinossauro foi encaminhado para o Pará, para que pesquisas mais aprofundadas pudessem ser realizadas.

No entanto, já existe um planejamento para que os fósseis retornem ao Maranhão para que, no futuro, seja possível criar uma exposição permanente em Davinópolis.

"Desde que tomei conhecimento da ocorrência dos fósseis, estabeleci colaboração com profissionais do Maranhão. Eles são parte fundamental da nossa equipe interinstitucional e de lá para cá estamos tomando todas as providências para que o material seja estudado em conjunto e encaminhado para o Maranhão", disse o pesquisador.

"Estou em contato também com a secretaria de educação de Davinópolis, onde os fósseis foram encontrados. Eu gostaria de conseguir organizar uma exposição desse material ou de suas réplicas no trajeto. Acredito que o ponto alto de uma descoberta como essa é quando ela finalmente fica disponível para a população em geral", finalizou Luiz.

O achado

O achado do "Dinossauro de Davinópolis" aconteceu em abril de 2021, após a primeira escavação, durante a construção de uma ferrovia, realizada por uma empresa privada. Já a retirada dos fósseis aconteceu no mês de junho daquele ano.

Os funcionários da ferrovia entraram em contato com pesquisadores e o professor e paleontólogo Elver Luiz Mayer, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), foi quem enviou equipes ao local.

Na região, foram encontrados um fêmur de mais de 1,5 metro, patas, costelas, além de vértebras do animal.

"Encontramos o material bem concentrado, uma densidade de fósseis em uma área muito pequena. Não dá pra dizer que são do mesmo animal, mas como não encontramos pedaços iguais, então há indicativos de que é possível que seja do mesmo dinossauro", afirmou o professor.

Todos os ossos encontrados em Davinópolis foram encaminhados para a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, onde continuarão sendo analisados pelas equipes do professor Elver Luiz.

'Arrudatitan maximus', espécie do grupo titanossauro, viveu há 85 milhões de anos no interior de São Paulo — Foto: Ariel Milani Martine/Arte/Divulgação

"Arrudatitan maximus", espécie do grupo titanossauro, viveu há 85 milhões de anos no interior de São Paulo — Foto: Ariel Milani Martine/Arte/Divulgação

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão — Foto: Divulgação/Brado

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão — Foto: Divulgação/Brado

Pesquisadores ainda trabalham com o fóssil - Foto: divulgação/Brado

Pesquisadores ainda trabalham com o fóssil – Foto: divulgação/Brado

Fonte: Só Notícia Boa
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