Internacional

Carro invade casa de prefeito na França em meio a protestos por morte de jovem; polícia investiga

Incidente chocante abala pequena cidade próxima a Paris, enquanto protestos e violência se espalham após a morte trágica de um jovem. Autoridades buscam respostas.

Por Redação

02/07/2023 às 12:00:00 - Atualizado há
Foto: AFP

A pacata cidade de Haÿ-les-Roses, situada nos arredores de Paris, foi abalada por um evento chocante durante a madrugada deste domingo. A residência do prefeito Vincent Jeanbrun foi alvo de um ataque terrível, quando um carro colidiu contra sua casa e, em seguida, foi incendiado, deixando sua esposa e um de seus filhos feridos. Em um comunicado divulgado no Twitter, Jeanbrun denunciou o ocorrido como uma "tentativa de assassinato de covardia indescritível".

A polícia está investigando o incidente e o promotor de Créteil, Stéphane Hardouin, destacou que as primeiras análises indicam que o veículo foi deliberadamente lançado com a intenção de incendiar a residência. "Foi encontrado um acelerador em uma garrafa de Coca-Cola", afirmou Hardouin, referindo-se a um catalisador químico utilizado para atiçar as chamas. O promotor descreveu o caso como "extremamente grave".

Enquanto o prefeito se encontrava na sede do poder municipal, coordenando a resposta aos recentes tumultos na região, o terrível ataque ocorreu em sua casa. "Jogaram um carro contra a minha residência antes de incendiá-la", relatou Jeanbrun em seu perfil no Twitter. Sua esposa encontra-se hospitalizada devido a ferimentos no joelho, enquanto um de seus filhos também sofreu ferimentos leves, de acordo com um colaborador próximo do prefeito.

A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, condenou veementemente o incidente, classificando-o como "intolerável" e exigindo que os responsáveis sejam responsabilizados com a máxima firmeza pela justiça.

A trágica morte de Nahel, um jovem de 17 anos, durante uma blitz policial em Nanterre, perto de Paris, desencadeou uma onda de protestos e violência em todo o país. Os tumultos se intensificaram, e a indignação se espalhou além das fronteiras francesas, especialmente na Argélia, país de origem da família do jovem falecido.

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