Segurança Pública

Operação "Ghostbusters": Polícia Civil do Tocantins Desarticula Associações Criminosas e Combate Ataques Virtuais

Ação policial resulta em cumprimento de mandados em São Paulo e Minas Gerais, desvendando a fraude "Mão Fantasma"

Por Redação

17/08/2023 às 20:00:00 - Atualizado há
Foto: Luiz de Castro

A Polícia Civil do Tocantins lançou uma ação de grande envergadura nesta quinta-feira, 17, com a deflagração da Operação "Ghostbusters". Com a execução de 26 mandados judiciais em cidades de São Paulo e Minas Gerais, a operação teve como alvo associações criminosas que orquestravam o sofisticado ataque virtual conhecido como "Mão Fantasma". Uma nova forma de fraude que se infiltra nos aparelhos celulares, resultando em furtos eletrônicos de grande escala.

Os investigadores se mobilizaram para cumprir um mandado de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca domiciliar em quatro cidades paulistas (São Paulo, Guarulhos, Osasco e Cotia) e em Uberaba (MG). O foco da Operação "Ghostbusters" é desmantelar associações criminosas que se especializaram no ataque "Mão Fantasma". Essa forma de fraude, que se concentra em dispositivos móveis, é executada através da instalação de ferramentas de gerenciamento remoto, disfarçadas como soluções antivírus e de segurança, com o intuito de roubar eletronicamente quantias substanciais.

Foto: Luiz de Castro

O delegado Lucas Brito Santana, à frente da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas), compartilhou os detalhes: "A Operação 'Ghostbusters' é resultado de investigações iniciadas em meados de 2022, após três vítimas em Palmas (TO) terem suas contas bancárias invadidas. Elas instalaram um aplicativo de gerenciamento remoto sob a premissa falsa de eliminar vírus, sofrendo perdas de cerca de R$ 275 mil."

A ação conduziu à apreensão de dispositivos informáticos variados, chips telefônicos, cartões bancários e comprovantes de transações fraudulentas. Um veículo automotor adquirido com os proventos ilícitos também foi confiscado, solidificando os indícios criminosos.

Foto: Luiz de Castro

A operação revelou a astúcia e abrangência dessa prática criminosa. Um mandado de prisão temporária ainda está pendente, enquanto as buscas pelo suspeito continuam em andamento. O ataque "Mão Fantasma" envolve uma ligação telefônica inicial, com o criminoso fingindo ser um representante de uma instituição financeira. Depois de conquistar a confiança da vítima, os fraudadores convencem-na a instalar um aplicativo que, em vez de proteger, concede acesso remoto ao dispositivo, permitindo a transferência fraudulenta de fundos.

O nome da operação, "Ghostbusters", remete ao modus operandi dos criminosos, que se camuflam como funcionários bancários, conduzindo a vítima a instalar ferramentas de gerenciamento remoto e saqueando seus fundos sob os olhares indefesos, agindo como "fantasmas" autênticos.

Foto: Luiz de Castro

A ação, que contou com o apoio de várias forças de segurança do Tocantins, São Paulo e Minas Gerais, envolveu mais de 100 policiais civis. O delegado Lucas Brito Santana afirmou que a Operação "Ghostbusters" encerra uma semana de diligências, juntamente com as Operações "Operadora Paralela II" e "Arremate", cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão, e bloqueando fundos de investigados, contribuindo para um avanço crucial na luta contra crimes cibernéticos.

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