Em entrevista à TV Brasil nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não vai sancionar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões por ser um valor "enorme". A quantia corresponde ao triplo do montante definido para eleições de 2018 e 2020. "É uma cifra enorme que, no meu entender, está sendo desperdiçada, caso seja sancionada", afirmou. "Posso adiantar para você que não será sancionada", disse o presidente aos jornalistas.
O texto do relator, deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), aumentou o valor do fundo de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões. O presidente disse ainda que não tem obrigação de aprovar tudo o que vem do Legislativo e, em uma segunda resposta sobre o tema, declarou que a "tendência" é não sancionar.
"Tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. Nem tudo o que eu apresento ao Legislativo é aprovado, e nem tudo o que o Legislativo aprova eu tenho obrigação de aceitar. A tendência nossa é não sancionar, em respeito ao trabalhador e ao contribuinte brasileiro", falou. O vice-presidente Hamilton Mourão também defendeu o veto. Jornalistas lembram que presidente falou em vetar o fundo eleitoral para as eleições de 2020, mas acabou sancionando.
