Doença é fatal em 25% dos casos, entenda as causas e sintomas
O cantor sertanejo Maurílio teve três paradas cardíacas, foi reanimado e está internado em estado gravíssimo na UTI de um hospital de Goiânia, desde quinta-feira (16). A equipe médica informou que Maurílio foi diagnosticado com tromboembolismo pulmonar.
A doença, pouco conhecida até agora, está sendo motivo de grande curiosidade. Por isso fizemos um roteiro explicativo sobre a doença, com as principais perguntas sobre o assunto. Confira:
1. O que é Tromboembolia Pulmonar?
2. Quais os principais sintomas da doença?
3. Como é feito o diagnóstico?
4. Quais as possíveis causas da Tromboembolia?
5. Quais os tratamentos disponíveis para combater a doença?
1. O que é Tromboembolia Pulmonar?
Segundo o Hospital das Clínicas, a tromboembolia pulmonar (TEP) aguda é uma das principais causas de emergência cardiovascular e, em cerca de 25% dos casos, a manifestação clínica inicial é a morte súbita. A incidência anual varia de 23 a 69 casos para cada 100.000 habitantes, com mortalidade de até 30% nos pacientes não tratados e com redução desta taxa para 2,5 a 10% nos pacientes tratados adequadamente. Entre as doenças cardiovasculares é a 3ª causa de morte, ficando atrás somente de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular. Nos Estados Unidos, cerca de 5 milhões de pacientes são acometidos anualmente por pelo menos um episódio de trombose venosa profunda (TVP) das pernas. Destes, 500.000 pacientes (10%) desenvolvem TEP e 10% (50.000) acabam morrendo. Mesmo assim, apenas 30% dos casos de TEP são diagnosticadas antes do óbito.
2. Quais os principais sintomas da doença?
O quadro clínico clássico da TEP, com dor torácica, dispneia súbita e hemoptise, ocorre em apenas 20% dos casos. Em geral, os sintomas e sinais de TEP submaciça são pouco evidentes e podem ser transitórios. Já na TEP maciça ou em pacientes com pouca reserva cardiovascular, as manifestações clínicas são mais intensas. Os sintomas mais frequentes são a dispneia, dor pleural, ansiedade, tosse, taquicardia, febre e hemoptise.
3. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado inicialmente pela suspeita clínica de pacientes com quadro clínico sugestivo de TEP e desde que indicado a confirmação do diagnóstico é por meio de angiotomografia de tórax ou cintilografia pulmonar.
4. Quais as possíveis causas da Tromboembolia?
A principal causa do tromboembolismo pulmonar é a trombose venosa profunda, que costuma se formar nos membros inferiores. Um dos principais fatores de risco para ocorrência da embolia pulmonar é imobilização. Desta forma, as pessoas mais sujeitas a essa condição são as que ficam muito tempo numa mesma posição, como em longas viagens aéreas, aquelas submetidas á cirurgias de longa duração e com necessidade de hospitalização e/ou imobilização prolongadas, como ocorre em fraturas de fêmur. Existem outros fatores de risco envolvidos, tais como o tabagismo, o uso de anticoncepcionais orais, a obesidade e a presença de varizes. De forma peculiar, os portadores de doenças malignas e de distúrbios de coagulação do sangue, apresentam uma maior predisposição á embolia pulmonar.
5. Quais os tratamentos disponíveis para combater a doença?
O tratamento inicial tradicional na fase aguda consiste em anticoagulação plena com heparina ou mais recentemente com anticoagulantes orais não dependentes de vitamina-K. Em situações especiais de emergência os trombolíticos poderão ser administrados para reverter a gravidade da doença.
Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é sempre manter alimentação saudável, boa hidratação e realizar exercícios físicos regularmente.
Quando há histórico familiar e/ou pessoal de trombose ou naqueles com fatores de risco como obesidade, imobilidade permanente (sequela de AVC por exemplo) ou temporária (fratura de perna, pós-operatório), gestantes, reposição hormonal, uso de anticoncepcional oral, portador de câncer e idade acima de 70 anos devem sempre se atentar para sintomas relatados anteriores e procurar serviço médico de emergência para serem avaliados.