Gabigol entra para o seleto grupo de jogadores que vestiram as camisas 10 de Flamengo e Santos

Gabigol está prestes a reencontrar o Santos neste domingo, às 16h, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. O atacante, que se despediu do clube em 2018 utilizando a camisa 10, agora carrega o mesmo número no Flamengo desde o início da atual temporada. Com isso, ele se torna um dos seis jogadores na história a terem a honra de vestir as icônicas camisas 10 de Flamengo e Santos, clubes onde os lendários Pelé e Zico reinaram.

A primeira aparição de Gabigol com a nova camisa e a bênção de Zico foi durante a festa de comemoração das conquistas da Copa do Brasil e Libertadores de 2022, quando liderou a celebração do alto do trio elétrico no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, o atacante expressou seu sentimento de orgulho ao usar a camisa que marcou a história do Flamengo e de seu maior ídolo, Zico. Em suas palavras, Gabigol declarou: "É um prazer enorme usar a camisa 10 do Zico e do Diego. Eu terei muita honra em usar essa camisa".

Ao chegar ao Flamengo, Gabigol utilizou inicialmente a camisa 9, que vestiu durante suas quatro primeiras temporadas no clube. Posteriormente, também chegou a utilizar a camisa 24 em homenagem ao falecido jogador de basquete americano Kobe Bryant.

Herdar as camisas de Zico e Pelé ao longo da carreira é uma oportunidade que poucos jogadores tiveram. Antes de Gabigol, apenas Edu Marangon, Almir Pernambuquinho, Rodrigo Fabri, Diego Ribas e Petkovic realizaram esse feito de vestir as camisas 10 de Flamengo e Santos. Agora, o atacante entra para esse seleto grupo.

Vale ressaltar que Pelé também vestiu as camisas dos dois clubes, mas sua utilização da camisa 10 rubro-negra não ocorreu oficialmente. Em um jogo festivo contra o Atlético-MG em abril de 1979, no Maracanã, Pelé entrou em campo com a camisa 10 do Flamengo ao lado de Zico, que usou a camisa 9. O jogo atraiu quase 140 mil torcedores ao estádio. Zico, maior ídolo do Flamengo, falou sobre a utilização do novo número por Gabriel, destacando sua entrega e conhecimento do clube: "É uma satisfação. Tudo o que ele fez e está fazendo dentro do Flamengo poucos fizeram. Então, pela sua entrega e conhecimento de Flamengo, ele merece jogar com qualquer camisa".

A passagem de Gabigol pelo Santos foi marcante, com 210 jogos, 84 gols e 13 assistências com a camisa do Peixe. Ele foi artilheiro do Brasileirão em 2018, com 18 gols, conquistou o título de artilheiro da Copa do Brasil por três vezes, tornou-se o maior artilheiro do clube na última década, superando Neymar, e sagrou-se bicampeão paulista em 2015 e 2016.

No Flamengo, Gabigol acumula impressionantes números: 149 gols em 242 partidas, uma média de 0,6 por jogo. Desses gols, 56 foram decisivos para classificar ou consagrar o Flamengo em jogos eliminatórios. O atacante conquistou 11 títulos, incluindo três Campeonatos Cariocas, duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros, duas Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil. Além disso, Gabigol coleciona recordes individuais pelo Flamengo, sendo o maior artilheiro do clube no século 21 e o nono maior artilheiro da história do clube. Ele também é o maior artilheiro brasileiro da história da Libertadores, o maior artilheiro de uma edição de Campeonato Brasileiro pelo clube e marcou gols em todas as competições possíveis de disputar. Com Dorival Júnior como treinador, o atacante assumiu uma nova forma de jogar, atuando mais como construtor e formando uma dobradinha artilheira com Pedro.

Apesar de sua recente lesão no quadríceps esquerdo, que o afastou dos jogos desde 11 de junho, Gabigol é um jogador decisivo. Sua última atuação incluiu um gol na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, garantindo a classificação do Flamengo para as quartas de final da Copa do Brasil.

Desde sua chegada ao Flamengo, Gabigol enfrentou o Santos em oito ocasiões, obtendo seis vitórias e apenas duas derrotas. Ele marcou oito gols contra seu ex-clube, mantendo uma média impressionante de um gol por jogo contra o Peixe.

Gabigol se tornou um dos grandes protagonistas do futebol brasileiro, representando tanto o Flamengo quanto o Santos com maestria. Com sua habilidade, conquistas e números expressivos, ele escreve seu nome na história como um dos poucos jogadores a herdar as camisas 10 de dois clubes gigantes do futebol brasileiro.