Ministro de Lula vê seu patrimônio multiplicar-se em 30 vezes, ocultando quase R$ 80 milhões em declarações
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, acumulou fortuna e omitiu parte significativa de seus bens ao TSE
O ministro de Minas e Energia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandre Silveira, viu seu patrimônio aumentar espantosamente em 30 vezes, totalizando quase R$ 80 milhões desde que se candidatou a deputado pela primeira vez em 2006. A revelação chocante foi trazida a público nesta segunda-feira pelo portal UOL.
A surpresa não para por aí. A maioria esmagadora desse imenso patrimônio acumulado pelo ministro não foi declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas últimas eleições, pois está vinculada à Solidez Participações, uma holding patrimonial de propriedade de Silveira. A Solidez detém cotas de empresas nas áreas de construção, consultoria e agropecuária, as quais são indiretamente controladas pelo ministro, embora formalmente administradas por um primo.
A legislação eleitoral permite que candidatos não declarem bens que estejam vinculados a empresas em seus nomes, o que dificulta a transparência e priva o eleitor de saber a real extensão do patrimônio de um político em quem ele pretende votar. Ao TSE, Silveira declarou possuir menos de R$ 9 milhões em bens no ano passado, uma discrepância significativa em relação à realidade revelada pelo UOL.
Silveira, ao ser questionado, alegou que todo o seu patrimônio é devidamente declarado, sem qualquer omissão de valores em suas declarações de Imposto de Renda, seja no âmbito pessoal ou empresarial. Segundo ele, sua fortuna é fruto de três décadas de empreendedorismo.
Contudo, a reportagem aponta que o patrimônio do ministro de Lula pode ser ainda maior do que os impressionantes quase R$ 80 milhões revelados até o momento. Isso porque imóveis que estão registrados em nome de empresas de Silveira nos cartórios de imóveis não foram contabilizados, uma vez que possuem coproprietários cadastrados em prefeituras municipais. Esses bens não incluídos na declaração somam pelo menos R$ 27,2 milhões.
As revelações sobre o enriquecimento exponencial do ministro de Lula e a omissão de parte significativa de seus bens geram questionamentos sobre a origem desses recursos e a conduta ética do político. A ocultação de patrimônio é uma afronta à transparência e à confiança que o público deposita em seus representantes. A sociedade exige esclarecimentos sobre essa discrepância e a devida investigação de possíveis práticas de enriquecimento ilícito.