Saúde Fiocruz

Estudo da Fiocruz aponta queda nas mortes causadas por Coronavírus e aumento de contaminação

Levantamento destaca redução na ocupação de leitos de UTI por coronavírus no SUS.

Por Fernanda Cappellesso

28/07/2021 às 11:00:46 - Atualizado há

De acordo com o boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz, o número de mortes causadas pelo coronavírus está caindo no Brasil, mas a quantidade de novos casos continua subindo. Os dados constam no boletim que Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgou na última nesta terça-feira (27). O levantamento destaca redução na ocupação de leitos de UTI por coronavírus no SUS. Os índices são referentes à última semana epidemiológica, de 18 a 24 de julho.

A taxa de mortalidade diminuiu 0,3% em relação à semana anterior. No entanto, houve um aumento da taxa de incidência de casos em 2,9%. A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício, segundo os cientistas da Fiocruz, da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes.

"É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado", afirmaram os pesquisadores.

De acordo com o boletim da Fiocruz, a análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos frente à redução da demanda. Dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%.


Dados do Ministério da Saúde apontam que país vacinou mais de 59,6% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e cerca de 23% com o esquema completo de imunização. As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta. Os cientistas do Observatório, no entanto, destacam que a proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo. "Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos", alertaram os pesquisadores.

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