Internacional

Descoberta arqueológica na Polônia revela 450 ossadas de supostos "vampiros" do século 19

Trabalhadores encontram cemitério macabro enquanto alargavam rua em vila polonesa

Por Redação

12/06/2023 às 06:45:00 - Atualizado há
Maciej Stromski

Em uma descoberta arqueológica surpreendente, trabalhadores da vila de Luzino, no nordeste da Polônia, desenterraram um cemitério que abrigava 450 esqueletos datados do século 19, alegadamente pertencentes a pessoas consideradas "vampiros". O macabro achado ocorreu durante o processo de alargamento da rua Ko?cielna, próxima a uma antiga igreja local.

Na época em que esses enterros ocorreram, alguns dos esqueletos foram decapitados, com os crânios colocados entre as pernas e uma moeda depositada em suas bocas. Esses rituais sombrios eram comuns na região durante o século 19 e faziam parte de uma crença enraizada no medo do "retorno dos mortos-vivos". Após a descoberta inicial feita pelos trabalhadores, especialistas em arqueologia foram chamados para investigar os enterros, que se encontravam em um antigo cemitério sob a igreja polonesa.

"Descobrimos exemplos de crença na ressurreição dos mortos, que só poderiam ser interrompidos por meio da decapitação", explica o renomado arqueólogo Maciej Stromski em entrevista ao site polonês The First News. "Acreditava-se que, se um membro da família do falecido morresse logo após o funeral, isso indicava que ele ou ela poderia ser um vampiro."

Segundo Stromski, aproximadamente 30% das sepulturas descobertas continham tijolos colocados ao lado dos restos mortais, próximos às pernas, braços e cabeça dos falecidos. Além disso, várias das bocas continham moedas, uma delas datada de 1846.

A equipe de arqueólogos encontrou até mesmo um caso peculiar: o esqueleto de uma mulher decapitada com o crânio de uma criança colocado em seu peito. De acordo com o portal de notícias polonês Nadmorski24, as pesquisas arqueológicas na rua Ko?cielna já duram dois meses. A igreja onde os restos humanos foram descobertos foi construída no início do século 18 e posteriormente ampliada após 1945. Em algum momento de sua história, foram designados locais no cemitério para o depósito de grandes quantidades de ossos em ossuários. Os arqueólogos afirmam que a descoberta dos "vampiros" era bastante provável, uma vez que o enterro em igrejas era uma prática comum na época. A disposição dos ossos e dos objetos ao redor dos mortos corrobora as práticas "anti-vampiros" mencionadas na literatura, contos populares e pesquisas arqueológicas anteriores.

Essa descoberta arqueológica impressionante traz à tona os rituais e crenças macabras que permeavam a mente das pessoas no século 19. Ela nos lembra de uma época em que o medo do sobrenatural e das forças além do nosso controle moldavam as tradições folclóricas e os costumes funerários. A investigação contínua desses vestígios históricos nos permite mergulhar em um passado sombrio e compreender melhor a rica e complexa cultura de nossos antepassados.

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