Internacional

Coreia do Norte: Hackers norte-coreanos roubam US$ 3 bilhões em criptomoedas para financiar programa nuclear

Ditadura utiliza táticas avançadas para acumular criptomoedas e investir em armas nucleares e mísseis balísticos

Por Redação

13/06/2023 às 22:00:00 - Atualizado há
Divulgação

A ditadura da Coreia do Norte vem empregando hackers habilidosos em uma missão nefasta: financiar seu programa nuclear e de mísseis balísticos através de roubos de criptomoedas. Segundo o respeitado jornal Wall Street Journal, esses hackers foram responsáveis por acumular uma quantia impressionante de US$ 3 bilhões em criptomoedas nos últimos cinco anos, utilizando táticas inteligentes para enganar suas vítimas.

Um dos casos mais notórios ocorreu em 2021, quando a Coreia do Norte atacou o popular jogo infantil Axie Infinity, resultando no roubo de US$ 600 milhões dos usuários. O golpe foi realizado por meio de um hacker que se passou por um recrutador e entrou em contato com um funcionário da empresa responsável pelo jogo, a Sky Mavis. O hacker compartilhou um documento aparentemente inofensivo, contendo um malware que permitiu acesso ao computador da vítima.

Esse ataque exemplifica o aprimoramento das habilidades da Coreia do Norte em visar e executar crimes virtuais para financiar seu programa de armas nucleares e mísseis balísticos. Segundo o Wall Street Journal, as criptomoedas roubadas correspondem a cerca de 50% dos recursos utilizados no financiamento do programa de mísseis do país.

Os hackers norte-coreanos adotam métodos sofisticados, disfarçando-se como funcionários de tecnologia da informação e do governo, e até mesmo como desenvolvedores de blockchain japoneses ou profissionais do setor tecnológico canadense. Eles formam uma "força de trabalho paralela" e chegam a pagar altos salários, chegando a US$ 300 mil por ano para os envolvidos nesse esquema.

Em alguns casos, esses hackers chegam a tentar ser contratados pelas empresas que planejam atacar, utilizando cidadãos de países ocidentais para participar das entrevistas de emprego. Uma vez dentro das organizações, eles realizam pequenas alterações nos produtos ou sistemas, facilitando assim os ataques futuros.

No geral, os ataques cibernéticos promovidos pela Coreia do Norte estão se tornando cada vez mais avançados e difíceis de serem detectados. Empresas ao redor do mundo estão travando uma verdadeira "corrida armamentista" contra esses criminosos virtuais, buscando reforçar suas defesas e adotar medidas de segurança robustas para proteger seus sistemas e dados.

A Coreia do Norte continua a representar uma ameaça crescente no cenário global, não apenas pelo seu programa nuclear, mas também por sua habilidade em se infiltrar virtualmente e obter recursos financeiros ilegalmente. A segurança virtual tornou-se uma preocupação urgente, e combater esses hackers é uma tarefa que exige esforços colaborativos e inovação constante por parte da comunidade internacional.

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